quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

CONSUNI

Desde a primeira convocação que recebemos (19/06) até aqui, os principais pontos de pauta foram (a ordem é cronológica):

1-Normatização do processo de escolha dos Representantes Titulares e Suplentes de Ex-alunos no CONSUNI.

Relator: José Geraldo de Sousa Junior.

2-Projeto acadêmico do Curso de Bacharelado em Museologia do Departamento de Ciência da Informação e Documentação.

Relator: Nilson Francisquini Botelho.

3-2º Congresso Universitário (Estatuinte)

4-Plano Anual de Atividades – 2009 (ajustes), integrante do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 2006-2010.

5-Proposta de constituição do Conselho Comunitário.

6-Critérios para credenciamento das Fundações de Apoio.

7-Aprovação do Regimento do CIFMC.

Relator: Estevão Chaves de Rezende Martins.

8-Credenciamento da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Hospital da Universidade de Brasília/FAHUB.

    Relator: David Renault da Silva.

9-PLOA – Orçamento e Plano Anual de Atividade 2010/PDI, Proposta de Orçamento Programa Interno 2010.

Relator: Pedro Murrieta

10-Títulos de Honoris Causa e Professor (a) Emérito(a).

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O ano velho e nossos Conselhos

Queridas e queridos visitantes,

nos próximos dias faremos alguns posts sobre os principais temas discutidos nos Conselhos Superiores da UnB ao longo do ano que passou. CONSUNI, CAD e CEPE tiveram agendas cheias, para nossa alegria, e trataram de temas da maior relevância, como regras para recredenciamento das Fundações de Apoio e criação de nosso Conselho Comunitário.

Acompanhem o blog e vejam as informações de forma mais detalhada ao longo dos próximos dias.

Com o desejo de que todos tenham tido um Feliz Natal,

André Maia.
Presidente

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Manifestação, parte final.


Como prometido, e para encerrar o assunto, segue o que vi:

1-Cheguei na manifestação de quarta passada por volta de 11:20h. Até o momento da minha chegada a manifestação se mantinha ordeira, com os muito éticos do PT/CUT e amigos no carro de som bradando contra o GDF. Não apenas foi difícil ouvir todo o cinismo de quem silenciou diante de ou defendeu um dos mais escandalosos casos de corrupção de nossa história: mensalão. Difícil também foi engolir que a gênese de todo o mal, de toda corrupção, era o capitalismo. Que não poderíamos esquecer que o governo que estava aí tinha um "projeto neoliberal" e mais cobras e lagartos. Enfim, é elevado o custo moral de participação em um evento em que você fica sob a bandeira dessa gente (tanto é que alguns órgãos de imprensa veicularam que a manifestação era organizada pela CUT).

Porém, mais do que difícil, verdadeiramente revoltante, foi ver uma faixa do PSOL ser tomada das mãos de alguns manifestantes e ser destruída por Ton-Ton MaCUTs. O que estava escrito? "Fora todos os mensalões. Fora mensalão do Lula e mensalão do Arruda." A indignação é tão seletiva quanto a tolerância.

2-O erro começou quando alguns manifestantes, em sua maioria estudantes, terminaram de tomar as pistas do Eixo Monumental no sentido CN-Rodoferroviária e bloquearam todo o trânsito, extrapolando o direito de manifestação e agredindo o direito de ir e vir dos motoristas. Ali mesmo a PM deveria ter feito algo, impedindo, sem brutalidade, que os estudantes tomassem todo o eixo.

3-A cavalaria se aproximou. Acredito ter ocorrido algum diálogo entre o comando e manifestantes e estes começaram a se retirar aos poucos quando, de repente, correram p/ o sentido oposto do Eixo, impedindo agora o tráfego na frente do TJDFT. A PM veio atrás, lentamente, alguns minutos depois.

4-Após um tempo impedindo o trânsito, creio que uns 20 min, ocorreu o primeiro ato por parte da PM que qualifico como descabido e impensado. Enquanto os manifestantes se retiravam p/ a grama, liberando o trânsito, a cavalaria passou a toda pela pista, quase ferindo algumas pessoas. A revolta e as vaias vieram como resposta. A cavalaria, novamente, passa cortando o eixo a toda, e quase acerta alguns manifestantes. Alguns objetos leves foram atirados contra a cavalaria em resposta, mas era coisa insignificante, como tampa de isopor. Aqui começa o descontrole.

5-Os manifestantes ficam revoltados e reocupam as faixas na frente do TJDFT. O BOPE é chamado e chega um tremendo aparato (dezenas de homens com balas de borracha, cães, Caveirão com jato d'água...). Como minha hora já chegava e não gosto de bala perdida, nem que seja de borracha, comecei a me retirar no sentido do Nilson Nelson. Foi aí que, quando já estava no estacionamento do Ginásio vi os manifestantes retornarem pro outro lado do Eixo, andando entre os carros (o tráfico estava pesado) e distribuindo adesivos. Ao que consta, iriam para a Rodoviária.

6-Foi então que a PM barbarizou com bombas de gás, balas de borracha e tocou os manifestantes de volta pra altura do Buriti na porrada. As cenas de descontrole estão bem documentadas.

7-Algo diferente poderia ter sido feito pela PM? E pelos manifestantes? Claro! Os dois lados erraram, mas me parece muito menos aceitável o erro da PM, que deveria ser mais profissional, mais bem preparada e que, claro, contava com poder de força, muito, muito superior.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Truculência, Burrice e Despreparo - Parte 2


O post que segue é um comentário feito po Saulo Said no post anterior. Tomei a liberdade de reproduzi-lo pela coerência e boa argumentação.

Existem alguns pontos sobre a onda de protestos contra o governador Arruda que precisam ser entendidos mais detalhadamente.


Em primeiro lugar considero que a situação é gravíssima e que são fortes as evidências de corrupção praticadas pelo governador e pelo alto escalão do executivo e por membros do legislativo.


Porém, será só contra corrupção que os manifestastes lutam? A cúpula do DCE da UnB que, como todos sabem, é petista, não se mobilizou com o mesmo ímpeto contra o escândalo do mensalão do PT. A corrupção é de fato um dos grandes desafios que a democracia brasileira precisa superar. Mas combater a corrupção é combatê-la onde quer que ela se manifeste e não apenas quando os envolvidos são de um partido opositor.


O mensalão do PT foi muito mais grave , pois envolvia a cúpula do partido em escândalos de financiamento ilícito de campanha, fraude em licitações com a SMP&B e a compra de parlamentares de oposição. Isso sem falar que o sr. Duda Mendonça, "marketeiro" da campanha de Lula recebeu dinheiro de caixa 2.


Mudando o objeto de análise (mas não de assunto), gostaria de tratar da crença messiânica dos manifestastes. Gritar "Fora Arruda" não resolve o problema e nem ajuda a resolver. Todos estão apressados em ver o ex-democratas fora do governo, mas o sadio funcionamento do processo democrático pressupõe apuração, acusação, defesa e julgamento.


Se tudo isso demora e os manifestastes não suportam esperar, isso mostra que eles estão comprometidos com uma democracia totalitária, onde não existe lei, liberdade ou Estado de Direito. Pensam que a simples vontade deve derrubar quaisquer procedimentos jurídicos (considerados lentos e burocráticos), esquecendo-se de que o mundo já experimentou os resultados desastrosos desse tipo de Democracia (vide totalitarismo).


A evidência de que o Governador, secretários e parlamentares infringiram a lei não dá aos manifestastes o direito de fazerem o mesmo. Trancar uma avenida é uma decisão séria que não cabe a um grupo de 1.600 pessoas. Protestar é um direito, mas não é um direito soberano que esmaga quaisquer outros direitos de outras pessoas.


E, para entrar no último assunto, gostaria de lembrar que a forma como os atuais protestos vem sendo conduzidos apenas sangram a imagem política de Arruda (o que é conveniente a certos partidos), muito embora pouco contribua para a sua saída. Um movimento contra a corrupção deveria encontrar alternativas para sanar o grave impasse político instalado no momento. Caberá a uma câmara legislativa composta por envolvidos no escândalo a tarefa de julgar a perda do mandato dos seus, do governador e do vice-governador. O que fazer diante do problema?


Usar a coerção para intimidação dos parlamentares, ou ocupar a Câmara legislativa não são soluções. A sociedade brasileira não é muito receptiva a esse tipo de radicalismo, ainda que concordem com a demanda. Caso os manifestastes encontrem uma solução jurídica para o problema, que tenha respaldo na legislação brasileira, ai sim conseguiríamos algum resultado. De posse de uma solução jurídica factível, poderíamos nos organizar para levá-la adiante.


Até o momento, o movimento "Fora Arruda" é apenas a manifestação de repúdio, cujos métodos de ação têm sem mostrada tão pouco republicanos quanto os dos envolvidos no escândalo de corrupção.


A polícia, por sua vez, foi truculenta , mas isso não significa que os manifestastes estejam certos. Ambos se excederam no gozo de suas prerrogativas. E se bem conheço os alunos da UnB, não duvido que muitos tenham insultado os policiais ou tenham se mantido parados diante do avanço da polícia. O sonho de ser um mártir, um perseguido, um oprimido é motivo de orgulho para muitos de nossos colegas. Confere a eles um sentido de viver, uma certa importância política e a glória pela "luta".

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Truculência, Burrice e Despreparo - Parte 1


A Aliança pela Liberdade decidiu em sua última reunião da Assembléia de Assuntos Gerais, instância máxima de nossa organização, manter-se fiel à idéia de não atuar ou manifestar-se em assuntos externos ao ambiente da Universidade de Brasília. Mesmo reconhecendo os impactos da crise política do Distrito Federal sobre assuntos de interesse de nossa universidade, achamos por bem não nos manifestarmos enquanto grupo estudantil da UnB a respeito do assunto.


Contudo, enfatizamos nossa preocupação e atuação enquanto indivíduos politicamente atuantes a respeito dos escândalos envolvendo membros dos três poderes no DF. É em consonância com a liberdade de manifestação e expressão assegurada por nossos princípios e em solidariedade aos colegas de UnB que sofreram flagrante violência por parte da Polícia Militar do Distrito Federal que reproduzo depoimento de uma colega e, posteriormente, manifesto minhas impressões a respeito da experiência que vivi na data de hoje.


André Maia

Presidente da Aliança pela Liberdade.


Depoimento de Jaciane Milanezi, estudante da UnB:

"Eu e uma colega da UNB seguimos às 10h para a manifestação contra a corrupção em frente ao Buriti. Vale sublinhar que foi uma manifestação organizada por todos e para todos: partidos, sindicatos, estudantes e cidadãos. Para todos que não toleram corrupção, que não toleram "quem rouba, mas faz"; para quem sabe que política é a discussão e a ação ao que é relacionado à sociedade e não ao interesse próprio.
Até às 11h30 estávamos todos na Praça do Buriti ouvindo discursos. Depois, com o objetivo de mostrar mesmo à população que é necessário se manifestar de alguma forma contra a corrupção, paramos o trânsito no sentido Buriti-JK.
Nesse momento, cartazes eram levantados, apitos eram ouvidos, coros eram feitos. Ou seja: o que se entende por uma manifestação política. A polícia, que cercava todo o Palácio do Buriti [sede do governo local], começou a redirecionar o trânsito. Até então, tudo tranquilo: cidadãos se manifestando e o trânsito sendo reorganizado. Vale mencionar, que os carros passavam buzinando e se manifestando contra a corrupção também.
Pouquíssimo tempo depois, tive a impressão de que a manifestão política foi confundida com banditismo, pois logo a Cavalaria da polícia se posicionou em torno da gente. Pergunta: pra quê isso contra uma manifestão política? Será que nosso governador corrupto deu ordem para dispersar a manifestão contra ele? O que fizemos? Apenas sentamos no chão e continuamos com nossos coros e cartazes.
Seguimos para o outro lado, sentido TJDFT-Parque. O que fizemos ao parar ao trânsito: coros, cartazes, apitasso. E os carros parados? Começaram a buzinar em protesto também. Logo a polícia redirecionou o trânsito e os carros puderam seguir. Só que a Cavalaria seguiu para o outro lado também e começou a amedrontar os manifestantes. Correram duas vezes com seus cavalos e seus cacetetes para quê?
Dispersar uma manifestação política que àquela altura não atrapalhava nem mais o trânsito?
Mas não bastava a Cavalaria. Precisava do BOPE. Alguns estudantes foram conversar com os policiais e esses solicitaram que deixássemos a pista em 10 minutos. Em que época se manifestar politicamente tem hora marcada pela Polícia? Decidimos sair e seguir em direção à Rodoviária pelo gramado. E o que fez o BOPE? Continuou cercando a todos, evitando que seguíssemos para a Rodoviária.
Não houve opção a não ser irmos para a pista, novamente no sentido Buriti-JK. Não chegamos a parar os carros. Ficamos circulando entre eles com os cartazes e os coros. Muitos carros diminuíram a velocidade, buzinaram, pegaram adesivos, etc.
Foi nesse momento que BOPE e a Cavalaria pararam o trânsito e, acho eu, acreditando estarem lidando com bandidos, começaram a vir para cima dos manifestantes com bombas e todo o arsenal. Um manifestante foi pego, machucado, levado para o gramado.
Alguns cinegrafistas da imprensa estavam bem próximos filmando toda essa cena e os policiais do BOPE começaram a bater neles e lançar bombas para que não conseguissem mais filmar. Eu estava atônita: o Estado, com o uso da força, impedindo a imprensa de narrar os fatos ao resto da sociedade! Que democracia é esta?
A relação entre a quantidade de policiais e a quantidade de manifestantes era tão desproporcional que eu me indagava o tempo todo: que instituições democráticas são essas que se utilizam da força em uma manifestação política? Por que não optaram em redirecionar o trânsito e assegurar a manifestação? Por que inibir a manifestação?
Meus queridos, não achem que apenas discutindo no elevador, no cafezinho, ao telefone, a corrupção irá acabar. Percebemos que o Arruda está se utilizando de toda a máquina pública, mesmo após os escândalos, a seu favor.
Ontem, muitas Administrações Regionais bancaram a ida de apoiadores à Câmara Legislativa. Hoje, todo o aparato policial contra um grupo de cidadãos. Ao mesmo tempo, os parlamentares corruptos abafam os pedidos de impeachment. O DEM, prefere aguardar. E vocês, vão aguardar o Natal para terem o que conversar na ceia: "Poxa! Você viu? E o Arruda, hein? Nada aconteceu de novo! Esse país! Não tem jeito mesmo!"
Não se esqueçam que um país é feito de pessoas, é construído na base das atitudes individuais e coletivas. Não aguardem apenas o momento das eleições para agir politicamente. A política é muito mais que isso: é o exercício diário em relação à tudo que é comum à sociedade!
Por isso, peço, mais uma vez. Na verdade, imploro: se manifestem! Coloquem um adesivo no carro, uma blusa, uma faixa na janela, saiam de branco amanhã, acompanhem não apenas pela mídia o que está acontecendo. Nenhuma dessas atitudes nos tirará da rotina e nem demandará tempo. Contudo, demonstrará que não somos um povo apático politicamente".

domingo, 29 de novembro de 2009

UNE é suspeita de ter fraudado convênios com Ministério da Cultura


Pelo menos nove acordos firmados com a entidade, no valor de R$ 2,9 milhões, estariam em situação irregular


Aliada do governo, a União Nacional dos Estudantes (UNE) fraudou convênios, forjou orçamentos e não prestou contas de recursos públicos recebidos nos últimos dois anos. A entidade chegou a apresentar documentos de uma empresa de segurança fantasma, com sede na Bahia, para conseguir aprovar um patrocínio para o encontro nacional em Brasília. Dados do Ministério da Cultura revelam que pelo menos nove convênios celebrados com a UNE, totalizando R$ 2,9 milhões, estão em situação irregular - a organização estudantil toma dinheiro público, mas não diz nem quanto gastou nem como gastou.


O Estado analisou dois convênios com prazo de prestação de contas expirado no ministério: o Congresso Nacional da UNE, realizado em julho, em Brasília, e o projeto Sempre Jovem e Sexagenária, celebrado em 2008, que tinha como meta produzir - até 4 de junho - 10 mil livros e um documentário sobre a história estudantil secundarista. O presidente da entidade, Augusto Chagas, de 27 anos, promete devolver o dinheiro, se forem comprovadas irregularidades.


Apesar de o governo ter repassado R$ 826 mil para os projetos, a entidade, mesmo cobrada, não entrega extratos bancários e notas fiscais, nem cumpre a "execução dos objetivos", os livros e o documentário. Sobre os livros, uma cláusula do contrato diz que a UNE teria 60 dias para prestar contas, a partir de junho, ou restituir em 30 dias as verbas não usadas. Não fez nem uma coisa nem outra.


EMPRESA FANTASMA


A UNE forjou orçamentos para obter dinheiro para o encontro em Brasília. Em 16 de julho, o ministério liberou R$ 342 mil para o evento, que teve a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). A entidade apresentou estimativa de gasto de R$ 70 mil com hospedagem, R$ 29 mil para segurança, R$ 26 mil em passagens aéreas, entre outros. O ministério cobrou três orçamentos.


Para explicar a despesa com segurança, a UNE entregou o orçamento de empresa fantasma, com sede em Salvador, a 1.400 quilômetros do evento. O outro orçamento também é de uma empresa baiana, que ocupa uma sala de 30 metros quadrados e não tem funcionários.


A empresa fantasma é a Patorg Segurança. Os documentos entregues pela UNE ao governo mostram que a empresa declarou à Receita Federal como endereço o sexto andar de um prédio na Avenida Estados Unidos, em Salvador. A reportagem esteve ali na quinta-feira. No local não há empresa de segurança. Os vizinhos desconhecem a Patorg. "Eu trabalho aqui há 19 anos e nunca teve esse tipo de empresa", disse o porteiro Valdir Alexandre dos Santos.A UNE anexou um orçamento de R$ 36,4 mil da Patorg. Seu dono, Genovaldo Costa, é desconhecido no endereço, vive em Camaçari e não foi localizado.


A outra empresa, a MG Serviços de Limpeza e Portaria, ocupa uma sala num pequeno sobrado na Baixa dos Sapateiros. A UNE entregou um orçamento de R$ 32,2 mil da empresa, que não tem funcionário registrado, mas fez uma proposta de 280 seguranças, por R$ 115 a diária. O Estado foi três vezes ao endereço, mas não havia ninguém. Pelo celular, o dono, Marcos Guimarães dos Santos, disse que já prestou serviços à UNE, mas não deu detalhes.


Como a entidade não entrega a sua prestação de contas, ainda é um mistério a relação de quem foi contratado. Sabe-se, porém, que a UNE usou fantasmas para aprovar o convênio.


Os R$ 435 mil do Sempre Jovem e Sexagenária foram liberados em 5 de junho de 2008. A UNE apresentou orçamento de R$ 90 mil com pesquisa, R$ 50 mil para alimentação e hospedagem, e R$ 35 mil para imprimir o livro. O governo enviou ofício em 18 de junho passado lembrando que o convênio está encerrado e cobrou informações. Cinco meses depois, a UNE não deu satisfação.


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A esquerda por ela mesma

Quando se tenta mitificar as ações de um suposta "esquerda democrática" no Brasil e na Itália, vale à pena voltar no tempo e olhar o que os próprios militantes diziam no ápice do regime coletivista autoritário brasileiro.
"Execuções

Execução é matar um espião norte-americano, um agente da ditadura, um torturador da policia, ou uma personalidade fascista no governo que está envolvido em crimes e perseguições contra os patriotas, ou de um "dedo duro", informante, agente policial, um provocador da policia.

Aqueles que vão à polícia por sua própria vontade fazer denúncias e acusações, aqueles que suprem a polícia com pistas e informações e apontam a gente, também devem ser executados quando são pegos pela guerrilha.

A execução é uma ação secreta na qual um número pequeno de pessoas da guerrilha se encontram envolvidos. Em muitos casos, a execução pode ser realizada por um franco-atirador, paciente, sozinho e desconhecido, e operando absolutamente secreto e a sangue-frio".

Carlos Marighella, 1969.
Mini-Manual do Guerrilheiro Urbano
Fonte: http://www.marxists.org/portugues/marighella/1969/manual/cap02.htm#9.3
Luta armada, se pró-ativa, nunca pode ser legítima. As lágrimas das mães dos desaparecidos políticos brasileiros valem tanto quanto as lágrimas das mães das vítimas de Cesare Battisti - independentemente de coloração ideológica. A vida individual tem um valor inerente e todos os indivíduos devem ter respeitado seu direito inato, inalienável e irrevogável à vida e à liberdade.

Por uma cultura de paz e liberdade.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Bons ventos sopram na USP

É com a maior alegria que divulgo o site da CHAPA Reconquista, que concorre ao DCE da USP!
http://www.reconquista2010.com.br/

La nave va


Nesta agitada semana temos dois eventos de grande importância:


1-O primeiro é de conhecimento geral: a molecagem (ou nefasta incapacidade) com o pagamento da URP e a consequente possibilidade de greve em pleno fim de semestre. A situação é grave. Há muita "justeza" na demanda, mas precisamos de decisões que gerem resultados eficazes. Qual a saída? Os que quiserem mais informações busquem o site da UnB: http://www.unb.br/


2-O segundo é o novo pedido de recredenciamento da FAHUB, que será discutido no Consuni desta sexta às 14:30h no auditório da Reitoria. Será o primeiro pedido desde a aprovação das novas regras de credenciamento de Fundações de Apoio (regras postadas neste blog).


Aos que tiverem interesse em se informar bem sobre os dois casos, recomendo irem ao CONSUNI logo no início da reunião, pois ela será, necessariamente, tomada por zilhares de informes/debates sobre a GREVE antes de deliberarmos sobre a FAHUB.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Esquerda perde hegemonia no DCE


Do Jornal Zero Hora

Chapa que reúne estudantes ligados a PP, PSDB e PMDB vence após 40 anos de soberania esquerdista
Paulo Germano paulo.germano@zerohora.com.br

Um dos maiores símbolos da esquerda gaúcha, o DCE da UFRGS agora rejeita o “Fora Yeda”, despreza passeatas e abandona o passado de militância. A eleição do fim de semana alçou ao comando uma chapa centrada no que ocorre dentro da universidade – e assim derrubou a esquerda após quatro décadas de soberania.


Encabeçada pelo estudante de Administração Renan Pretto, 19 anos, a chapa 3 – DCE Livre, Mudança Urgente – baseou sua campanha na despartidarização do DCE. Fazia cinco anos que o diretório era comandado por estudantes filiados ao PSOL, promovendo com frequência atos contra o governo do Estado.


– Enquanto se preocupavam apenas com “Fora Yeda”, corria solta a violência no campus – diz o novo presidente.


Mas Renan já trabalhou no diretório da Juventude do PP, embora ressalte nunca ter se filiado. Um de seus principais aliados na chapa é o ex-vereador de Dois Irmãos Marcel van Hattem (PP), hoje com 24 anos, eleito com apenas 18. Entre os integrantes, há também filiados ao PSDB e ao PMDB.


A eleição foi uma das mais apertadas da história – a chapa vencedora registrou 1.559 votos, apenas 35 a mais que a situação. Surpreendida pelo resultado, a esquerda perdeu porque se dividiu em três chapas, uma com filiados do PSTU, outra com petistas, e a já tradicional representante do PSOL. Cientista político e doutor em História, Mauro Gaglietti afirma que os estudantes rejeitam, cada vez mais, grupos que usam o DCE para promover partidos.


– Nem na ditadura isto ocorria. Naquela época, havia uma luta política saudável, mas não uma disputa por qual grupo apareceria mais. Havia politização, não partidarização.


A chapa de Renan promete diminuir o preço do cartão de ônibus para estudantes – de R$ 9 para R$ 3 – e um convênio com a Brigada Militar para garantir maior segurança nos campi. O jornalista Rafael Guimaraens, coautor do livro Abaixo a Repressão! Movimento Estudantil e as Liberdades Democráticas, afirma que estas são propostas tradicionais de quem defendia a direita nos anos 60 e 70.


– Essa visão de que estudante deve esquecer a política, lutando por melhoria de currículos, pelo equipamento das universidades, pela qualidade da educação, isso era o pessoal ligado à Arena que defendia.


Presidente do DCE da UFRGS entre 1968 e 1969, o deputado Raul Pont (PT) participou de passeatas e confronto com militares no centro de Porto Alegre. Diz não acreditar em organização de direita tentando tomar o DCE, mas reconhece uma nova composição de forças nos centros acadêmicos:

– Do ponto de vista democrático, pode até ser interessante.


“Só bater não resolve”

Renan Pretto - Futuro presidente do DCE


Natural de Lajeado, Renan Pretto tem 19 anos, cursa o terceiro semestre de Administração e mora na Casa do Estudante da UFRGS. A síntese da entrevista:


ZH – O papel do movimento estudantil mudou?


Renan – Possivelmente. Precisamos nos alinhar à realidade atual. Ficar só batendo no governo não resolve os problemas que temos. Às vezes, o estudante precisa de um auxílio para pleitear uma bolsa, de segurança dentro do campus, e o atual DCE não se preocupa com essas questões. O que vemos são ideias mofadas.


ZH – Qual será o envolvimento do DCE na eleição de 2010?


Renan – Não queremos posicionamento político nem dizer “fica” ou “Fora, Yeda”. Quando um representante do DCE diz algo assim, fala em nome de 23 mil pessoas. Nem todos pensam como ele. Pretendemos promover debates com os candidatos, para que os estudantes tenham acesso a todos os lados.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

20 anos


Liberty is not a means to a higher political end. It is the highest political end.
(A Liberdade não é um meio para um fim político mais elevado. Ela é o mais alto fim político. )
Lord Acton

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Decisão no Consuni sobre as Fundações - Parte II







O ponto mais delicado e debatido durante a última reunião do Conselho Universitário da UnB (CONSUNI) foi a proposta do relator de o Consuni indicar o dobro de nomes para as Fundações de Apoio e estas escolherem os conselheiros dentre os nomes indicados. Ou seja, se uma fundação tem 10 cadeiras em seu conselho, ao invés de o Consuni indicar 6 nomes e pronto, ele indicaria 12 e a fundação escolheria ao menos 6 nomes dos 12 indicados. Nada impede que a fundação decida por 10 dos 12, ou seja, ter todos os membros de seu conselho indicados pelo Conselho Universitário.

A Aliança pela Liberdade votou com o relator. Acreditando que, mesmo que o ideal fosse não termos uma postura de controle, mas de cooperação com as fundações, deveríamos ver o parecer como uma saída viável para todas as partes envolvidas (aqueles que defendiam o controle de 50%+1 dos conselhos das fundações e aqueles que defendiam o controle de 1/3, como hoje está determinado como mínimo legal).

Todos os demais representantes discentes, à exceção daqueles eleitos pela Chapa da UNE (antiga chapa 2), votaram contra a resolução e a proposta do relator. O estudante da Chapa da UNE se absteve e, no segundo momento, como os demais estudantes, votou pela manutenção do parecer como estava, sem a alteração acima mencionada proposta pelo relator.

O que ficou claro?

1-Que os estudantes das antigas chapa 1 (PSOL/PSTU), se é que apareceram, e da chapa 5 (independentes e simpatizantes do PCO) mantiveram sua coerência. Foram terminantemente contra o vínculo da UnB com as fundações.
2-Que a Aliança pela Liberdade continua a seguir estritamente o seu programa, defendendo a existência de Fundações de Apoio como política para facilitar a captação de recursos, superar nefastos processos burocráticos e fomentar pesquisas com cada vez mais eficiência e transparência.
3-Que a UNE continua com sua velha política de dizer uma coisa para o eleitor e "na hora do vamos ver" ficar em cima do muro e defender uma dita "alternativa" que só existe na cabeça dos seus membros. É o peleguismo envergonhado.
4-Que o DCE busca cada vez mais o título de Diretório Central do Estelionato Eleitoral (e que fique claro que é eleitoral), pois tinha uma postura ambígua (e conveniente) sobre o tema durante as eleições e agora se mostra como ferrenho opositor das Fundações nos Conselhos Superiores da UnB.

Decisão no Consuni sobre as Fundações - Parte I
























As imagens postadas são da proposta de resolução apresentada pela reitoria e aprovada pelo Consuni. No próximo post teremos o parecer do relator, que também foi aprovado e modifica em um ponto importante a proposta da reitoria.






sábado, 31 de outubro de 2009

Abusar do abuso - Parte II


Conheço Henrique Barbosa, que não é membro da Aliança pela Liberdade, há alguns semestres. Em muito pouco temos convergências de idéias. Mas eu não poderia concordar mais com seus argumentos sobre a invasão promovida por alguns alunos de Serviço Social. Por isso publico, mesmo que tardiamente, essa excelente carta:


Caros Estudantes de Serviço Social da UnB,Meu nome é Henrique Barbosa e sou estudante de Relações Internacionais da UnB, porém neste email não falo pelo meu curso (esse é o papel do CA, e não meu), mas por mim.Eu li a nota aberta à universidade que vocês publicaram e gostaria de, civilizadamente, dizer algumas sobre ela.

A primeira coisa é algo que se nota já no segundo parágrafo da carta: Um belo argumentum ad hominem como justificação primeira e geral. Vocês dizem que o argumento daqueles que são contra a ocupação não são válidos porque "reproduzem um pensamento que serve aos interesses de um determinado setor acadêmico que...". Ora, isso é claramente falso. Vocês, primeiro de tudo, estão fazendo uma generalização falsa, porque EU sou ferrenhamente contra a "ocupação" de vocês e comi no RU quase todos os dias nos últimos dois anos, além de utilizar as mesmas salas que vocês usam. Talvez as salas da FA sejam melhores, mas eu sempre faço matérias que são de algum modo desconexas com REL (e.g. cálculo II, etc), e essas matérias todas são em salas do ICC ou do PJC. Sou exatamente tão estudante da UnB e presencio as dificuldades da nossa universidade o tanto quanto vocês. Mas esse não é o ponto - o ponto é que vocês se utilizaram da identidade de um argumentante ("não-usuário do RU") como base para dizer que o argumento dele é falso. Ora, isso é objetivamente falso. Um argumento só pode ser avaliado de acordo com os seus próprios méritos, e não pelo fato de quem o criou ser branco, amarelo, usuário do RU ou não.¹


Segundo ponto: o argumento de que a "ocupação" foi "democrática" porque foi decidida através de "duas assembleias gerais dos estudantes de Serviço Social com direito a defesa da não-ocupação". Eu fico intrigado com a definição de "democracia" dos integrantes do CASESO. Por acaso aqueles que precisam da sala estavam nessa assembleia? Por acaso os estudantes da UnB como um todo participaram dessa decisão? A resposta é não, e, garantindo uma cláusula de mutatis mutandis, poderia afirmar que a "ocupação" da sala por parte do CA de vocês foi exatamente tão democrática quanto a Guerra do Iraque. Pasmados? Não fiquem - a Guerra do Iraque foi uma decisão democrática, legitimada por uma decisão do Senado dos Estados Unidos da América - com direito a defesa da não-guerra, por 77 a 24.² Agora, se vocês não concordam com a frase que acabei de pronunciar, também deveriam repensar os próprios métodos. Aliás, permito-me ir ainda mais longe na comparação. Mesmo com comoção geral da comunidade internacional, os Estados Unidos não abdicaram da sua guerra, fazendo uso de argumentos como "levar a democracia para o oriente médio" para legitimar a sua guerra. Pasmados? Não fiquem! O uso da "vontade geral" como meio de legitimação de autoritarismos é algo que já vem de muito tempo e que tristemente se repete vez após vez. (Por sinal, a título de curiosidade, gostaria de reproduzir aqui a frase de George W. Bush quando soube que o Senado teria aprovado a guerra: “America speaks with one voice”. Semelhanças?)


O terceiro ponto também me deixa intrigado e, na verdade, chega quase às portas do cômico. Segundo vocês, "nosso antigo CA já não comportava o número total de estudantes do curso há anos" (grifo meu). Eu me pergunto que tamanho um CA deveria ter para comportar o número total de estudantes de qualquer curso. REL tem mais ou menos 320 estudantes então o nosso CA deveria ser do tamanho do PJC? Creio que não, e espero sinceramente que vocês creiam que não também. Acredito na inteligência de vocês e acredito que isso tenha sido uma falha da pessoa que redigiu a carta. Porém algo se faz necessário dizer: um CA não é, e nunca foi, uma estrutura para abrigar um grande número de pessoas. Ele tem sim a função de socialização e de mobilização política. Mas qualquer pessoa inteligente consegue perceber que a grande arma de um CA para a mobilização política não é uma “sala”, mas sim a pessoa jurídica Centro Acadêmico que tem voz nos espaços de decisão da universidade e também o carisma dos seus líderes no sentido de incentivar os estudantes a não serem tão passivos . Mas o mais engraçado nesse ponto não é o que eu acabei de citar, mas o argumento de que vocês não estão prejudicando ninguém porque já “enviaram um ofício (...) solicitando a realocação da aula de libras”. Caros, sou só eu que vejo o cômico nessa passagem? Porque “mandar um ofício” pedindo para que a estrutura burocrática da universidade realoque um equipamento que estava sendo instalado exatamente naquela sala há anos quando muito mais fácil, justo e democrático seria simplesmente reconhecer o erro e ir ocupar a sala exatamente ao lado? Existem centenas de salas no ICC. Justo essa, colegas?


Aliás, isso me leva ao meu quarto ponto – Será que a ação solipsista, atrapalhada e impensada e, sim, autoritária (como já deixei claro o porque) ajuda o movimento geral dos estudantes da UnB contra uma expansão... solipsista, atrapalhada e impensada (e, segundo vocês, autoritária)? A resposta que me vem facilmente à cabeça, caros, é não. O “movimento” de vocês possivelmente trouxe muito mais obstáculos do que apoio no sentido de um movimento geral dos alunos da UnB. É fácil perceber repúdio à ação de vocês em qualquer lugar na nossa universidade. E isso gera desagregação, sectarismo e, principalmente, repúdio ao movimento estudantil. Aquelas mesmas pessoas que vocês citaram no argumentum ad hominem de vocês (os “não-usuários do RU”) tendem a ser os que mais têm preconceito contra o movimento estudantil, por causa de um histórico de ações igualmente descuidadas e representativas apenas de uma parcela esquerdista-radical da universidade. Queiram vocês ou não, esses estudantes também fazem parte da UnB, provavelmente são maioria (é só ver os números de participação nas eleições) e, vejam só, são esses os corações e mentes que deveríamos estar ganhando para a causa do movimento estudantil. Porque nem o CASESO sozinho, nem o CAREL sozinho, nem ninguém sozinho conseguirá nada nessa universidade. O único meio de conseguir mudanças efetivas por parte dos órgãos decisores e da reitoria é através de uma participação ativa dos estudantes como um todo e principalmente uma ação conjunta de todos os CAs. Só assim, caros, conseguiremos fazer alguma oposição efetiva à expansão descuidada. E é isso que vocês estão destruindo. É hoje reduzido, e isso é uma conquista histórica, o número de pessoas que consegue encontrar argumentos bons para justificar que se dificulte às pessoas que têm alguma deficiência o desenvolvimento total de suas capacidades, mesmo que talvez limitadas por algum motivo exógeno.

Meu argumento chega agora a um ponto talvez inesperado – sim, eu concordo com vocês! Eu concordo que a expansão do REUNI está trazendo malefícios para a universidade! Eu estava lá na assembleia da FA contra o dobramento de vagas no curso de direito! Porém tenho plena ciência de que não é dando murro em ponta de faca que vamos resolver um problema tão intrincado e complexo. Como eu já disse, e repito, os estudantes como um todo só conseguirão fazer frente a esse desafio com união, e não fazendo as coisas impensadamente.


No próximo ponto vocês voltam ao argumento do autoritarismo: de que os estudantes de Libras saíram prejudicados, sim, mas que isso é compreensível e justificável por causa do “contexto de lutas”. Aliás, o contexto de lutas não poderia se dar em outra sala porque, segundo vocês, é longe do departamento. Longe quanto, caros? Cem metros? Cento e cinqüenta metros? E a que distância ficaria “a nova sala” para os estudantes de libras? Isso tanto faz, não é? Porque vocês fazem parte do “contexto de lutas”, e eles não, são apenas alunos? E, caros, eu tremo nas bases quando ouço argumentos como o que vocês colocaram agora. Porque a supressão de liberdades e direitos individuais em nome “de algo maior” foi o que motivou algumas das maiores atrocidades da história humana. Basta pensar superficialmente para lembrar algumas: Stálin. Pol Pot. Emílio Garrastazu Médici. E, para finalizar, contradizem-se: logo após terem dito de que não poderiam ocupar algumas das muitas salas vazias no ICC porque ficam “a uma distância considerável”, culpam os outros pelo fato de vocês estarem impedindo o acesso de alunos especiais à sala de aula. Não, caros, a culpa não é dos outros de vocês estarem especificamente nessa sala. A culpa é exclusivamente de vocês, que tanto decidiram que não queriam apoiar o movimento de vocês em uma sala “longe” do departamento, quanto que não podem sair de lá agora, mas que podem mandar um “ofício pedindo para que o ponto de vídeo seja realocado para outra sala”, independente de que sala seria essa. E também tentam colocar a atenção no outro quando dizem que o fato de a reitoria não querer “realocar” o ponto de vídeo não é porque é muito mais razoável que vocês saiam para a sala ao lado, mas por causa de um perseguicionismo maniqueísta que demoniza a reitoria e o governo e heroiciza o “movimento estudantil a serviço dos interesses da sociedade (vocês consultaram a sociedade para poderem saber que interesses eram esses ou apenas generalizaram para um todo a opinião de vocês?) autônoma e democrática (?)”



Então, colegas, concluo a minha opinião reforçando de que não estou interessado em “guerra contra o CASESO” ou nada que se assemelhe a isso. Apenas quero expor a opinião de um estudante preocupado da UnB, independente e pensante, sobre alguns dos acontecimentos que afligem a nossa universidade.


Atenciosamente,Henrique Fialho Barbosa

1) Walton, Douglas (1998): Ad Hominem Arguments. Tuscaloosa: University of Alabama Press.2) CNN.com/Inside Politics (2002-10-11). - http://archives.cnn.com/2002/ALLPOLITICS/10/11/iraq.us/. Acessado em 2 de outubro de 2009.

Abusar do abuso - Parte I

Nota dxs estudantes de Serviço Social da Universidade de Brasília

Por que ocupar?


A ocupação de sala realizada pelos estudantes de Serviço Social no dia 23 de outubro, cujo eixo central foi e é a necessidade de construção de um novo CA para o curso, suscitou um burburinho geral na UnB. Alguns, adeptos do chavão “estudante tem é que estudar, e não se meter em política”, afirmam que a ocupação é totalmente “ilegítima” e que os estudantes só querem “fazer baderna”, pois “esse negócio de CA não serve pra nada”. Outros até defendem o direito de organização política e de um espaço de vivência e sociabilidade entre os estudantes, mas asseguram que essa ocupação em particular teria sido essencialmente “autoritária”, pois, de forma “intransigente”, os estudantes resolveram “invadir” uma sala, sem qualquer debate prévio com as partes envolvidas, “atropelando os interesses de outros estudantes” e, o que é pior, o fizeram “desnecessariamente”, visto que já possuíam um CA. Os estudantes de Serviço Social avaliam que as duas teses apenas reproduzem um pensamento que, em última instância, serve aos interesses de um determinado setor acadêmico que simplesmente não conhece (ou parece não conhecer) a realidade da UnB, pois para cumprir suas funções dentro da universidade não precisa usar salas superlotadas e mal arejadas, tampouco esperar horas nas filas do RU para comprovar que sua estrutura física e administrativa é ineficiente. Nós, estudantes de Serviço Social, por outro lado, conhecemos muito bem essa realidade, e podemos afirmar, não apenas em teoria, mas por nossa própria experiência prática (através inclusive desta ocupação de CA), que o projeto de expansão conhecido como REUNI, que está sendo implantado em nossa universidade, representa um duro golpe na qualidade de ensino das universidades públicas de nosso país. Pra começar, lembremo-nos que as primeiras manifestações de repúdio à ocupação (sim, o que ocorreu foi uma ocupação, não uma invasão, e – pasmem! – uma ocupação deliberada democraticamente através de duas assembleias gerais dos estudantes de Serviço Social, com direito a defesa da não-ocupação, inclusive) não partiu de qualquer setor estudantil, mas sim da Reitoria. Esta, com uma postura autoritária, mandou seus seguranças que inclusive ameaçaram chamar a polícia para nos retirar da sala evidenciando mais uma vez sua demagogia do slogan gestão compartilhada “ocupe a UnB”, mas que, graças a nossa disposição em lutar por uma universidade verdadeiramente democrática, não surtiu o efeito almejado.

Os CA’s são historicamente entidades de articulação política, social, cultural e acadêmica dos estudantes, indispensáveis à formação intelectual e social e política destes. Nosso antigo CA já não comportava o número total de estudantes do curso há anos, e a situação só vem piorando desde o início da implementação do REUNI na UnB. No próximo ano, com o ingresso dos estudantes do curso noturno, o problema iria se agravar de tal forma que, nos parece, poupamos a Reitoria das consequências de um processo muito mais radicalizado e de implicações ainda mais profundas que o atual. Durante todo esse processo, todos os meios “legais” (procurações, etc.) foram acionados, porém a Reitoria se mostrou intransigente e jamais nos deu qualquer resposta. Entregamos também, recentemente, um ofício para a reitoria solicitando a realocação da aula de libras exigindo uma sala para esses estudantes.


O Serviço Social é a favor da Expansão Universitária!


Não nos opomos e não poderíamos nos opor a que novos alunos tenham acesso à universidade pública. E vamos além: acreditamos mesmo que a universidade, para ser verdadeiramente coerente com seu papel social, deve acolher dentro de seus muros os filhos da classe trabalhadora e a população pobre em geral. No entanto, não podemos confundir isso com a forma como esta expansão está se dando. O REUNI, aqui na UnB, prevê a duplicação do número de vagas na universidade, mas simplesmente não garante a manutenção da qualidade dos cursos. Isso fica bastante claro quando lemos no projeto que a construção de novos espaços físicos não está contemplada, o que na prática leva à destruição de banheiros, laboratórios e CA’s (como vem ocorrendo na Faculdade de Saúde, atualmente) para dar lugar a salas de aula. E o que é ainda pior: em muitos casos não há qualquer referência à contratação de novos professores! Ou seja, se o projeto não for barrado (e acreditamos que a mobilização dos estudantes deve ser a vanguarda desta luta) teremos várias salas de aula e o dobro de alunos; só não teremos laboratórios, professores e estrutura física o suficiente. Gostaríamos de ressaltar um fato bastante interessante a este respeito: grande parte dos estudantes mais ativos e engajados durante o processo de ocupação que vivemos são calouros! Em outras palavras, boa parte dos estudantes que, segundo a Reitoria e o Governo Federal, por terem entrado via REUNI, deveriam ser seus maiores defensores, estão na trincheira oposta, lutando junto a seus veteranos contra este projeto de expansão nefasto! Isso demonstra de maneira cabal que uma das estratégias do Governo ao implementar o projeto (gerar estatísticas, números vazios), embora possa ganhar inicialmente a simpatia dos trabalhadores e da juventude, mostra-se como um grande engodo, tomado a longo prazo.


Que expansão nós propomos?


Em primeiro lugar, nada de decretos! Há que se entender que o Reuni já começou errado: como implementar um projeto tão importante para a sociedade sem um amplo debate, sem consultar os estudantes, funcionários e professores, que são os setores que mais irão sentir seus efeitos? Se o Reuni é antidemocrático por si, como esperar que a Reitoria, responsável por sua implementação na UnB, garanta qualquer democracia? (quanto a isso, citamos o ocorrido no curso de Direito: bastaram 48 horas para a Reitoria determinar que o número de vagas dobrasse já no próximo semestre!) Por isso, nossa luta não passa pela “disputa” do Reuni, pois entendemos que um projeto tão deformado não pode ser disputado: deve ser rechaçado! Propomos a imediata revogação do Reuni. Que o debate sobre a expansão da universidade seja retomado, mas não nesses marcos. Que a autonomia universitária seja respeitada, bem como o direito de os estudantes, professores, funcionários e a sociedade em geral poderem expor suas idéias e o que pensam sobre a expansão, como ela pode ser implementada e – principalmente – tenham poder de deliberação real. Acreditamos que, se o Governo pretende expandir a universidade, primeiramente deve pensar em espaço físico, contratação de professores, laboratórios, etc., e não simplesmente em criar um número x de vagas e estabelecer metas que, se não forem cumpridas, comprometerão ainda mais a universidade. Além disso, os estudantes precisam ter espaços autônomos onde possam discutir assuntos acadêmicos, realizar atividades culturais, debater política e fazer novas amizades: os estudantes precisam de CA’s, e esse direito deve ser garantido!


Um problema seu! Um problema nosso!


Compreendemos que nossa ocupação, a princípio, possa ter causado certo transtorno aos estudantes que esperavam assistir a suas aulas na sala que agora é nosso novo CA. Por outro lado, nem por isso deixaremos de considerar nossa luta como legítima e necessária, dentro de um contexto mais geral de mobilizações contra o Reuni (ocupações de CA’s de Ciências Ambientais, Computação, Biblioteconomia, Desenho Industrial, luta na FA, na FS, etc, etc, etc) consideramos que nosso movimento de ocupação [e legitimo e conseqüente, afixamos na porta de nosso novo CASESO uma lista de salas vazias, que poderão ser utilizadas pelos estudantes para assistirem a suas aulas (não podemos optar por estas salas por um motivo funcional: a distância considerável de nosso Departamento). Quanto aos companheiros estudantes de Libras, propomos nos comprometer, num primeiro momento, que assistam a suas aulas e realizem suas atividades em nosso novo CA, justamente pelo fato de não termos tido ciência de que aqui se realizavam aulas especiais para deficientes auditivos. Inclusive, já encaminhamos um requerimento a Prefeitura nesse sentido, e nos somamos à luta dos companheiros por seu reconhecimento dentro da universidade e na sociedade. Temos ciência de que a transferência do ponto de vídeo conferência é perfeitamente possível de ser efetuada, e só podemos conceber a oposição em fazê-lo de imediato como uma tentativa de pressão psicológica e política sobre nossa ocupação, buscando dividir dois movimentos sociais legítimos (movimento estudantil e movimento em defesa dos direitos de deficientes físicos), como meio de jogar os demais estudantes contra nós. Não aceitaremos essa estratégia que visa desmoralizar e culpabilizar nosso movimento legítimo! Se estamos sendo obrigados a disputar salas com outros estudantes, os culpados certamente são outros: o governo federal e reitoria. Por fim, gostaríamos de ressaltar todo o nosso apoio e solidariedade militante aos companheiros que neste momento estão travando uma luta justa contra esse projeto de expansão da universidade, que não é nada mais que a expansão da precarização. Em especial, aos companheiros da UnB (Enfermagem, Medicina, Ciências Ambientais, Biblioteconomia, Direito, Ciências da Computação) que, como nós, vivem atualmente sob forte pressão por parte da Reitoria, mas que certamente jamais abandonarão a luta por uma universidade a serviço dos interesses da sociedade, autônoma e democrática.Não cederemos a qualquer tipo de pressão por parte da Reitoria, estamos dialogando com a comunidade universitária e exigimos o respeito a nossa luta.


Pauta da Ocupação do CASESO:


- Todo apoio às ocupações dos novos CA´s! Todo apoio a luta dxs estudantes!- Por uma expansão de qualidade! Não ao REUNI!- Por um novo projeto de expansão construído democraticamente!- Pela mudança da atual estrutura de poder na universidade!- Fora a polícia militar do campus!- Contra qualquer perseguição axs estudantes1 Pelo fim do jubilamento!- Fora Fundações de privadas da universidade! Não ao recredenciamento de qualquer fundação na UnB! - Em defesa da universidade pública, gratuita, laica e de qualidade a serviço da classe trabalhadora!- Pela radical democratização ao acesso às universidades! Pelo fim do vestibular!- Pela equidade de gênero. Contra o racismo, o sexismo e a homofobia!- Contra a criminalização das mulheres e pela legalização do aborto! Comissão de Comunicação da Ocupação do CASESO 25 de setembro de 2009

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Cinismo ou autismo? Secretaria de Propaganda da Reitoria produz matéria absurda. Parte II


Qualquer indivíduo que tenha a experiência de uma semana no Campus Darcy Ribeiro morreria de rir ou de chorar dessa matéria. Preguiça de andar!? NÃO! Como diz o professor entrevistado na matéria, de fato especialista, e DE FATO membro da Administração como assessor do Reitor, se puderem “as pessoas levam o carro para dentro da sala”. E levaríamos mesmo! Por fetichismo? Por loucura? Infelizmente, não. A briga diária por uma vaga próxima às entradas dos prédios, em especial no ICC, não será resolvida em consultórios psiquiátricos ou com um pouco menos de preguiça. Será resolvida sim com um pouco menos de vulgaridade e frivolidade por parte de nossos gestores.

Todo indivíduo sério de nossa comunidade acadêmica sabe que os riscos crescem exponencialmente se estacionarmos longe das entradas e do movimento dos transeuntes. A própria Secretaria de Propaganda, vulgo SECOM, publicou em 12/06/2009 matéria sobre a violência na UnB, mais especificamente na FA. Eis o link: http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=1824

A despeito dos importantes pontos levantados na matéria criticada (como o respeito à legislação de trânsito e a questão ambiental/excesso de carros na UnB), é revoltante insinuar, diante de um cenário de inegável violência, que os estudantes tentamos sempre estacionar perto das entradas apenas por preguiça! Um pouco mais de respeito e seriedade é o que esperamos e COBRAMOS!
*Ao fundo o Gol de um ousado que decidiu não levar o carro pra dentro da sala dele na Faculdade de Tecnologia (FT).

Cinismo ou autismo? Secretaria de Propaganda da Reitoria produz matéria absurda. Parte I

Sobram vagas para estacionar na UnB
Apesar das reclamações e infrações cometidas nos estacionamentos do campus, especialista afirma que o problema é a preguiça de andar

João Campos - Da Secretaria de Comunicação da UnB

Nos horários de maior movimento – das 8h às 10h e das 14h às 16h – não é difícil flagrar irregularidades no trânsito da Universidade de Brasília. A maioria em relação a estacionamento. Placas desrespeitadas, filas duplas e retornos interrompidos são alguns dos problemas mais freqüentes no campus Darcy Ribeiro. Apesar da reclamação sobre a falta de vagas por parte de estudantes e funcionários, informações da Prefeitura e de especialistas revelam que sobram vagas na universidade. E que, na realidade, muitos motoristas têm preguiça de andar um pouco mais até o destino.
O carro chega e para nas faixas amarelas, em frente a entrada principal do ICC Sul. Lá, existe uma placa visível de “proibido estacionar”. Abordada pela reportagem, a estudante de Letras Valéria da Silva justifica a manobra: “Só vou tirar uma xérox ali, é rapidinho”. Mas admite já ter cometido a irregularidade em outros momentos. “Muitas vezes só tem vaga longe ou o lugar é muito escuro para andar até o carro”. No mesmo local e horário, todos os retornos dos quatro canteiros mais próximos do ICC estavam bloqueados por carros. A 50 metros dali, metade do estacionamento estava vazio.
Para o professor e especialista em engenharia de trânsito, Paulo César Marques, o problema é a predominância da cultura do “estacionar na porta” entre os motoristas da UnB. “Se deixar, as pessoas levam o carro para dentro da sala. O ICC (Minhocão) é um exemplo claro disso: muitos estacionam de forma ilegal enquanto sobram vagas no fim do estacionamento”, comentou. Apesar disso, o assessor da reitoria admite que parte das 5,6 mil vagas do campus estão mal distribuídas. “Há locais em que é preciso buscar estacionamentos vizinhos. Há vagas, mas muitas pessoas têm preguiça de andar”.
O professor cita um trabalho de conclusão de curso da Engenharia Civil sobre a circulação de carros na região da Faculdade de Tecnologia (FT). O estudo mostrou que, em nenhum horário, faltou vagas na região. “Onde eu trabalhava (no SG 12) o estacionamento era um caos. Mas a 150 metros dali eu podia escolher embaixo de qual árvore ia estacionar, perto da Casa do Professor”, exemplifica Marques. A situação se repete no novo prédio do Instituto de Biologia, que não tem estacionamento. “Foi uma opção: é só atravessar a rua para chegar ao estacionamento do ICC”, completou o especialista.
PONTO CRÍTICO – O estacionamento da Biblioteca, onde há 559 vagas, é um dos pontos mais preocupantes em relação há falta de lugares próximos para parar. Ali, motoristas improvisam em filas entre as vagas regulares e estacionam ao longo do meio fio, mesmo com placas de “proibido estacionar”. “Já bati meu carro aqui, pois não tinha espaço para manobrar. Estacionamento na UnB é um problema”, reclamou a estudante de farmácia, Marina Carvalho. Segundo ela, na Faculdade de Saúde o problema também se repete. “São lugares que não tem estacionamentos perto”.
Não há um levantamento sobre o número exato de carros que circulam pela UnB por dia. Com a expansão por meio do Reuni, que prevê a criação do dobro de vagas para estudantes até 2012 – hoje são cerca de 3 mil por vestibular -, o trânsito vira tema de debate. Apesar do aumento da demanda por vagas, a administração não prevê a ampliação dos estacionamentos. Aposta em projetos para garantir a independência em relação aos carros. “Há um projeto para ônibus circulares no campus para 2010, além do Bicicleta Livre. Também estamos revendo o itinerário das linhas de ônibus com o governo do DF”, disse Marques.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

“Me chamaram de nazista”

Roberta Fragoso Menezes Kaufmann, 31 anos, é formada em direito pela Universidade Federal de Pernambuco. É procuradora do Distrito Federal e advogada voluntária do Democratas (DEM). Em 2003, concluiu na UnB sua dissertação de mestrado sobre o sistema de cotas para negros. O orientador foi o hoje presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, que é professor da UnB. Roberta também assessorou, em 2001, o ministro Marco Aurélio Mello. O conteúdo da tese foi publicado no livro Ações afirmativas à brasileira: necessidade ou mito? “Me chamaram de nazista, facista, racista, quando fui dar uma palestra na UnB. Não consegui abrir a boca para expor meu pensamento. O atual sistema promove uma discriminação inversa”, diz ela. De todas as diversas dissertações da Faculdade de Direito da UnB, a dela é a única a contestar o sistema.

Sem impedimentos
O reitor da UnB, José Geraldo de Sousa, lembra que o próprio Supremo adota postura semelhante à das cotas em suas contratações. “O ministro Marco Aurélio, quando foi presidente do STF, orientou que nos contratos terceirizados se obedecesse o princípio de garantia à admissão de negros.” Nesse caso, será a AGU que vai defender a posição da UnB.

Roberta Kofmann explicou que ação não tem relação alguma com seu trabalho na Procuradoria do DF. “Sou advogada voluntária para o DEM, que já tinha se manifestado contra as cotas”, explicou. O ministro Gilmar Mendes disse ontem que não vê impedimento para apreciar o pedido, por ter sido orientador da tese de Kofmann, em 2003. “Não vou me dar por suspeito por causa disso.”

O governador José Roberto Arruda, que é do DEM, não tinha conhecimento da ação, mas defendeu o Programa de Avaliação Seriada (PAS), no qual as cotas também estão previstas. “A UnB tem um projeto de inclusão mais democrático, que é o PAS. Com ele, os estudantes ingressam na universidade de uma forma que não dá para burlar o sistema. Eu sou a favor do PAS”, comentou.

O site do caderno Eu, estudante, do Correio, publicou enquete que pergunta se o internauta é favorável à suspensão imediata do sistema de cotas da UnB. Às 21h30 de ontem, 1.193 votos haviam sido computados: 82% pelo fim das cotas e 18% pela manutenção delas. A pesquisa continua no ar.

FONTE: http://www.correioweb.com.br/euestudante/noticias.php?id=3820

OBS: O site do Correio erra ao declarar que as cotas estão previstas no PAS e, com isso, fazem o governador dizer o que não disse.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Congresso da UNE

Notícia retirada do portal globo.com

Começa limpeza de escolas depredadas durante congresso da UNE em Brasília
Secretaria de Educação cedeu colégios para acomodar estudantes.Estudantes disseram que vão pagar por prejuízos causados.

Do G1, em Brasília

A Secretaria de Educação do Distrito Federal começou nesta quarta-feira (22) o conserto das nove escolas públicas depredadas durante o congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), no último final de semana. Segundo a secretaria, foram encontradas cadeiras e torneiras quebradas, banheiros entupidos e sujeira. Os estudantes dizem que, apesar do lixo, somente uma fechadura foi danificada.


O banheiro de uma das escolas usadas como alojamento por congressistas da UNE em Brasília após a saída dos estudantes (Foto: Secretaria de Educação do DF)
De acordo com a secretaria, os prejuízos ainda estão sendo levantados. A UNE, por sua vez, disse em nota que vai arcar com todos os custos. O tesoureiro-geral da entidade, Harlem Oliveira, responsável pela vistoria nas escolas, disse ao G1 que todos os locais estarão limpos até o final desta quarta. Os estudantes usaram as escolas como alojamento durante o congresso, que reuniu cerca de 10 mil pessoas. O Governo do Distrito Federal afirma que encontrou nos locais, além da depredação, comida, papel higiênico, carteiras de cigarro, latas e garrafas de bebidas. Em uma das escolas havia, segundo a secretaria, um suporte para guardar camisinhas.


Mutirão
As aulas na rede pública do DF recomeçam na próxima segunda-feira (27). Segundo o secretário de Educação do DF, José Luiz Valente, o governo organizou um mutirão de reforma para que as escolas possam receber os alunos na volta às aulas, na próxima segunda-feira.

“O estrago é tão grande que hoje é terça feira e a gente não conseguiu terminar o levantamento [dos prejuízos]. Quem fez isso [a depredação] é vândalo mesmo, não tem eufemismo”, disse.

Segundo a entidade, os casos de depredação relatados pela Secretaria de Educação do DF tratam-se de “um comportamento isolado de alguns participantes que a entidade lamenta e condena."

quarta-feira, 1 de julho de 2009

O coronelismo estudantil de esquerda

Não sei se vocês terão a mesma reação, mas eu fiquei embasbacado com este vídeo que vi, sobre a reação dos grevistas, contra aqueles que protestavam contra a greve e a favor da PM, na USP. Um grupo de estudantes distribuía cópias com os resultados desta consulta, com mais de 8000 votos, sobre o posicionamento da USP a respeito dos temas debatidos.

Foram gritadas palavras como: "fora, fascistas"; "seu lugar não é aqui"; "minoria não tem vez"; e "vaza, vaza, vaza daqui". Não há qualquer apreço pelo diálogo democrático ou, mais importante, respeito pela liberdade de pensamento e expressão. Ainda que fosse um grupo minoritário - e a pesquisa prova que não o é - o direito das minorias deve ser preservado a todo custo - sob pena de se gerar uma tirania da maioria.

Estes grupos "tradicionais" são, certamente, a parte coronelista do movimento estudantil. Entendem que, como por delegação divina supostamente expressa no Capítulo 35 versículo 31 de O Capital, herdaram por direito a representação (i)legítima de toda uma massa de estudantes.

Que saudade tem a esquerda da época que podia fazer tudo sozinha e chamar os outros de "alienados"... Mas os coronéis dos DCEs e CAs perderam espaço. Agora têm sua voz contestada... Acham que conseguem ganhar no grito, no batuque, na força. Mesmo sem dinheiro e sem suporte político os dissidentes têm conseguido se fazer ouvir - ainda que, por vezes, tenham de se submeter à agressão dos coronéis.

Não por acaso foram forçados, por seu próprio enfraquecimento, a suspender sua greve. Ao que parece, o coronelismo estudantil e sindical está se desmoronando, lá como cá.

Observem, vocês também, a mais clara expressão do coronelismo estudantil de esquerda:

sábado, 27 de junho de 2009

E agora, José? O povo sumiu - Do Campus Online

Segue abaixo uma matéria do Campus Online que mostra que a invasão da reitoria não é unanimidade sequer entre os moradores da CEU. A situação é clara - e temos o dever de ser transparentes: a patrulha do PSTU/PSOL, que perdeu as últimas eleições do DCE, precisava de um motivo para tentar angariar qualquer tipo de apoio ou proeminência na cena da política estudantil da UnB.

É de se pensar qual a razão dessa movimentação ter acontecido somente após o fim da gestão PSTU/PSOL, já que os problemas evidenciados ocorrem há muito tempo. Problemas na CEU não surgiram esse semestre. O eles não quem admitir é que passaram pelo DCE e pela AMCEU e não fizeram nada, de forma prática, para solucionar os problemas de seus representados. Defender a permanência ilegal de estudantes formados é do interesse do estudante da UnB ou mesmo dos outros moradores da CEU?

Além disso é patente o maniqueísmo de querer ligar as fundações a falta de verba para assistência estudantil. Ora, se sabe que a grande parte fluxo de verbas das fundações de apoio vem de empresas privadas que querem investir na universidade pública...

Não é esse outro argumento da patrulha PSTU/PSOL contra as fundações? Não eram contra dinheiro privado na Universidade? Que preferiam que os impostos pagos pelos "proletários" brasileiros fossem gastos na educação superior da classe média do que fosse investido parte dos lucros do "grande capital" em pesquisa? Que não queriam que bolsas de estudo fossem financiadas pelo programa Santander Univeristário?

Quanto mais pesquisas financiadas com dinheiro privado, mais recursos públicos sobram
para fazer aquilo que é seu papel: infraestrutura, professores qualificados e assistência estudantil.

Fiscalização e transparência: SIM! Ataque a pesquisa científica: NÃO! QUEM É CONTRA AS FUNDAÇÕES DEFENDE MENOS DINHEIRO PARA A INFRAESTRUTURA, QUALIFICAÇÃO DE PROFESSORES E ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL!
Eu não sei rimar, mas quero pesquisar. Recredenciamento já!

Segue a matéria:

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Escrito por Marcela Ulhoa
Seg, 22 de Junho de 2009 16:10

Quais os motivos da pouca participação dos alunos na ocupação?

A ocupação, liderada pela Associação dos Moradores da Casa do Estudante Universitário (AMCEU), entra em sua terceira semana e a mobilização continua baixa. Cerca de dez alunos dormem, diariamente, no Salão de Atos da Reitoria.

Apesar de concordar com as reivindicações dos moradores da CEU, Emidio Vasconcelos, estudante de Sociologia da UnB, questiona o termo ocupação “não sei se o ato pode ser considerado uma ocupação, pois não chega a atrapalhar o funcionamento da reitoria”.

Segundo o estudante de Filosofia e membro da AMCEU, Antônio Marques, em momento algum a intenção do grupo foi ser mais afrontoso, ou mesmo fazer uma grande mobilização. Segundo ele, o objetivo foi pautar problemas específicos de assistência estudantil. “As pessoas têm tentado comparar esse ato com a ocupação anterior. E eu acho que não procede, porque a causa é outra, o propósito é outro”.

Na ocupação de abril do ano passado, ato contra o escandaloso caso de corrupção na gestão do ex-reitor Timothy Mulholland, cerca de 200 pessoas participaram ativamente do processo, ou seja, 0,8% da comunidade acadêmica composta por 24 mil estudantes. “Se a outra ocupação, que teve até o apoio da mídia coorporativa e que deveria ter tido uma mobilização coletiva, não conseguiu, o que dizer então de uma que visa a assistência estudantil?”, defende Antônio.

Ele afirma ainda que, dentro da UnB, são poucas as pessoas que dependem da assistência estudantil para a permanência na universidade. “No total, são aproximadamente 1400 alunos de baixa renda. Então é uma minoria da minoria”.

O estudante de jornalismo e morador da CEU, Paulo Victor, acredita que o final do semestre também contribuiu para a pouca participação dos estudantes. Ele alega que falta tempo para se engajar na causa, por mais que reconheça que isso não é desculpa.

Já a estudante de pedagogia Vânia Silva, que está dormindo todos os dias na reitoria, afirma que tem muita coisa para fazer e que também está no final do semestre, mas que isso não a impede de agir diretamente. Para ela, o problema maior é o contexto individualista, onde as pessoas não “tem tempo para pensar no coletivo”.

Antônio concorda: “Por que a gente não consegue mobilizar a casa? Porque não se consegue mobilizar a não ser que tenha um espetáculo, que tenha uma grande questão acontecendo. Se uma porta pega fogo, se uma marquise cai, se um PM dá um tiro na cabeça dentro do corredor. Questões desse tipo, que são espetaculares, mexem com as pessoas”.


Divergência interna

A dificuldade não está só em mobilizar os alunos da UnB. A realidade é que nem todos os moradores da Casa do Estudante concordam com a ocupação. O estudante de Biblioteconomia e morador da Casa, Demian Alves, acredita que as pessoas estão “reclamando de barriga cheia”. Segundo ele, as condições não são tão precárias. “O apartamento é grande, recebemos três refeições diárias, temos transporte noturno”. Para Demian, o foco está errado e a credibilidade dos estudantes está diminuindo cada vez mais.

Os moradores da CEU recebem refeição gratuita caso o restaurante universitário esteja fechado. Samuel Texeira, aluno de Física, elogia o cardápio do almoço que inclui salada, prato principal e Coca-Cola ou guaraná em lata. “A minha esperança é que, em breve, o restaurante Porcão esteja servindo a nossa marmita”, ironiza Samuel. Segundo ele, o que os alunos querem é “casa, comida e roupa lavada”.

Já para Antônio Marques, membro da AMCEU, a assistência estudantil não pode ser entendida como um favor. “Tem várias pessoas aqui que acreditam que a gente tem que dar graças a Deus porque temos uma moradia, porque temos alimento. Como se isso fosse de graça”. Antônio acredita que falta a reflexão de que eles são bancados por impostos de trabalhadores que, muitas vezes, não têm o mesmo acesso à educação superior que eles tiveram.

Demian, entretanto, acha que a ocupação é uma “arruaça desnecessária”. Ele defende novas formas de diálogo. “A partir do momento que você impede os outros de trabalhar, de estudar, você está tentando impor seus direitos violando o dos outros”.

A estudante Vânia Silva afirma que a AMCEU tentou várias formas de diálogo com a reitoria, mas não foram bem sucedidos. Foi somente com a ocupação que conseguiram o termo de compromisso assinado pelo reitor.

Se a ocupação foi precipitada ou não, legítima ou não, Antônio defende que “se comparar os equívocos, a responsabilidade maior deve cair não em cima dos estudantes, mas em cima da negligência e da omissão histórica dessa universidade. Há anos denunciamos o que tem acontecido, mas tem que haver um acidente para que todo mundo repare. Aí fica uma semana e depois a questão passa e ninguém está mais nem aí pros problemas da casa”, conclui.

Indiferença social?

A ocupação “não-invasiva” da reitoria foi a estratégia dos moradores da CEU para chamar a atenção para os graves problemas vividos por esses alunos. Entretanto, mais do que avaliar a repercussão específica do ato, vale colocar uma interrogação mais genérica no ar: Por que em uma eleição para reitor somente 30% dos alunos votaram? Além disso, somente 19% dos alunos votaram nas eleições do DCE e, na ocupação passada, uma minoria de 0,8% dos alunos participou ativamente. A questão é: vivemos nós uma grande indiferença social?

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Recredenciamento da Finatec é adiado




A decisão sobre o recredenciamento da Finatec, fundação de apoio ligada à UnB, foi adiada para a próxima reunião do Conselho de Administração (CAD). Por falta de tempo para a discussão, os conselheiros determinaram que o assunto voltará à pauta no encontro de 2 de julho, às 9h. Na ocasião, será votada a proposta do reitor da UnB, José Geraldo de Sousa Junior, que vincula o recredenciamento da Finatec à obrigatoriedade de o conselho superior da entidade ser formado por 50% mais um dos membros indicados pelo CAD.
Roberto Fleury/UnB Agência

Reitor José Geraldo quer maior participação da universidade nas decisões administrativas
“Vamos tratar de um aumento da participação da universidade nas decisões administrativas. Não é intervenção, e sim uma maior supervisão na aplicação dos recursos públicos”, reforçou o reitor ao término da reunião do conselho nesta quinta-feira, 25 de junho. Não há prazo para o recredenciamento da entidade. No entanto, desde que expirou o vínculo com a universidade, em 5 de junho, a Finatec está impedida de firmar novos contratos. Aqueles que já foram assinados continuam válidos.


A proposta de recredenciamento da Finatec causa polêmica e opiniões divergentes. Dois grupos de estudantes se manifestaram na reunião do CAD. Um contra e outro a favor da existência das fundações de apoio à pesquisa. Um grande cartaz colorido da Aliança pela Liberdade, coletivo formado por alunos de Direito, estampava os dizeres: “Nós não sabemos rimar, mas queremos pesquisar. Recredenciamento já!.”


Já os estudantes alojados no Salão de Atos da Reitoria há 17 dias pediam o fim das fundações. As mensagens coloridas espalhadas pelo auditório diziam: “Assistência sim. Fundações não.” Para a estudante de Serviço Social Catarina Lincoln a inclusão dos alunos de baixa renda é a prioridade que precisa sair do papel. “O movimento estudantil pretende discutir os rumos e construir uma nova concepção de universidade pautada no tripé ensino, pesquisa e extensão”, argumenta.
“Os temas discutidos mobilizam toda a comunidade acadêmica. O amplo debate de opiniões valoriza o espaço deliberativo do conselho”, avalia o reitor. A reunião do CAD também aprovou a substituição de dois conselheiros para a Comissão do Reuni. Eles vão ocupar vagas de membros que não puderam permanecer no grupo.




OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Pra variar a SECOM falou bobagem. Nós somos uma ALIANÇA com mais de 50 alunos distribuídos em, ao menos ,dez cursos. Vai ver algum comuna com déficit de inteligência disse que éramos um grupo de "direita" e a moça repórter entendeu "direito". Eu ainda pregarei na porta da SECOM: "Não confundas Carolina de Sá Leitão com caçarolinha de assar leitão". Coletivo!? JAMAIS!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Depoimento sobre o ocorrido no CAD











Não há segurança, não há espaço para a democracia e não há espaço para liberdade de expressão. Não houve civilidade. O que aconteceu: hoje iria ter a reunião do Conselho de Administração da UnB (CAD), no auditório do Instituto de Química e a reunião foi sumariamente impedida por um pequeno grupo de estudantes fascistas que não aceitaram discussão alguma.
O tema era sobre o recredenciamento das Fundações, não sei se ia passar ou não, não importa, o que importa é que não deixaram nem ocorrer a reunião. Na hora eu conversei com o reitor e perguntei como eu poderia me expressar, ele sugeriu que eu fizesse meu próprio protesto (o que eu entendo por: ser fascista por meus próprios meios). O que ele quis dizer foi: quem grita mais alto ganha. Foi exatamente isso.
Assinado: Willian Wives, Conselheiro do CAD (Aliança pela Liberdade)
PS: Aos esquecidos lembro que ocorreu uma eleição há pouco mais de um mês e nela obtivemos 689 votos. Nossas idéias, nossas propostas, nossos valores nunca estiveram em cima de nenhum muro (e nós bem sabemos que o movimento estudantil tem saudades de um certo muro). Aqueles que votaram em nós votaram de forma consciente e o fizeram com convicção, expressando livremente suas vontades políticas e é justamente em respeito à liberdade, não apenas de nossos eleitores, mas de todos os demais que nós nos manteremos fiéis ao nosso programa. Esperamos que as demais chapas concorrentes façam o mesmo, e que não traiam os seus eleitores, que juntos somam mais de 4000 votos, com assembléias que reunem não mais do que 200.

Fascismo, Volver!

Vencer no grito é a segunda coisa mais desprezível que há. A primeira, naturalmente, é perder no grito. Em breve posts da pequena marcha fascistóide que impediu a realização de uma reunião do Conselho de Administração da Universidade de Brasília na manhã de hoje.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Obrigado a todos!

Como entrar na Aliança pela Liberdade.
A Aliança pela Liberdade realiza Assembleias quinzenalmente quando novos membros podem ser integrados ao grupo. A existência da Aliança, enquanto grupo de debate e mobilização político-estudantil, independe da chapa para os RDs. Atualmente contamos com mais de 40 estudantes, dos quais apenas 20 ingressaram na chapa, já que nem todos tinham tempo para atuar como representantes dicentes.

Ao fim de nossa reunião, oferecemos ao candidato a opção de entrar na Aliança. Processada a inclusão do novo membro, na assembleia seguinte este já gozará dos mesmos direitos de todos os demais membros do grupo.

É importante ressaltar que não somos fechados para novos membros. Apenas não queremos crescer a qualquer custo. Preferimos sempre deixar claro quem somos e gostamos de saber com que estamos lidando.

Manifeste aqui seu interesse em conhecer melhor nosso grupo, juntamente com seu e-mail. Leremos sua mensagem e lhe enviaremos um convite para a próxima reunião.

Atenciosamente,
Equipe da Aliança pela Liberdade.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Sustentabilidade não se faz apenas com discurso

Carta de Apoio de estudante da FUCAPE Business School

Pelo que pude acompanhar em noticiários tudo o que aconteceu na Universidade de Brasília foi fácil a percepção de que as nossas universidades federais ainda não estão livres de interesseiros em vácuos da educação pública no Brasil. A UnB não é a única, universidades como a UFBA, UFMT, UFES e alguns centros tecnológicos são vítimas desses interesseiros, onde eles lesam a instituição e o aluno.

Vejo através de movimentos como a “Aliança pela Liberdade” uma resolução eficaz a problemas que são gerados facilmente em espaços onde há conflitos ideológicos.

Unindo o útil ao necessário (e não ao agradável – como de praxe), esse movimento traz alicerces fundamentais ao ambiente universitário. Um deles é o qual vou focar que é a questão sustentável (na qual achei INTERESSANTÍSSIMO). É certo que vivemos cercados de problemas ambientais e é mais certo ainda que quanto mais tempo passa, poucos se preocupam e as situações mais se agravam.

Como estudante da área de negócios, posso afirmar que é um setor em que poucas entidades possuem um comprometimento com o verde da questão. É deplorável isso, pois todos nós sabemos que sem o meio, não temos o ambiente e consequentemente não teremos nada.

É certo e parabenizo a “Aliança pela Liberdade” por tomar uma postura ambientalmente correta, e dentro de uma grande universidade como a UnB é que se deve criar essa consciência criativa, mas que ao mesmo tempo não se esqueça dos preceitos ecológicos.

Toda nação brasileira tem a consciência plena do valor de uma universidade (como a UnB) para o Brasil. Mas é preciso mais, é preciso aperfeiçoar os recursos que estão escassos e que são perdidos frequentemente por falta de consciência. Desculpem-me a falta de compostura, mas em minha opinião essa falta de consciência dentro da camada universitária é burrice.

A “Aliança pela Liberdade” mostra que essa falta de consciência tem que acabar. É preciso propostas claras e concisas, que não tenham a intenção de confundir, e que venham para exterminar essa assimetria informacional dentro da camada universitária.

O Universitário é a fonte de criação de seu país, e ele, e seu espaço precisam ser preservados, e é preciso ter consciência dos problemas para que eles sejam realmente resolvidos.

E a mensagem que fica é que os problemas estão na manga, mas as soluções são restritas em colarinhos e golas em V. Então, acredito que quem conhecer a fundo as propostas da “Aliança pela Liberdade” não vai ter que pensar duas vezes. Traduzo minhas palavras e a força de vontade da “Aliança pela Liberdade” em um trecho da música do Lenine (Do It):“Se sobrou, congeleSe não vai, canceleSe é inocente, apeleEscravo, se rebeleNunca se atropele...Se escreveu, remetaEngrossou, se metaE quer dever, prometaPrá moldar, derretaNão se submetaNão se submeta...”

E o que fica é o pensamento positivo e a torcida. Força “Aliança pela Liberdade”, tudo é necessário e válido para a melhoria do ambiente a qual estamos alocados.

Um forte abraço do amigo Elio Moraes de Castro

Vitória, 01 de maio de 2009

sábado, 2 de maio de 2009

Chapa 4 - Uma nova esperança!

Institucional


COORDENAÇÃO EXECUTIVA DO DCE

Coordenadoria-Geral
Mariana de Oliveira Sinício – Economia
Octávio Henrique Bernardo Torres - Direito
Nilton Carlo Oliveira Locatelli - Direito

Coordenadoria de Organização
Camila Milanez - Economia
Pedro Henrique Saad - Direito
Renato Rabelo - Economia

Coordenadoria de Assistência Estudantil
Débora Gemima - Direito
Virgínia Nogueira - Direito
Mateus Lôbo - Ciência Política

Coordenadoria de Finanças e Patrimônio
Fabio Monteiro Lima - Direito
Henrique Félix - Direito
Nicolas Powidayko - Economia

Coordenadoria de Comunicação
Davi Brito - Direito

Marcos Valente - Relações Internacionais
Ian Ferreira -
Engenharia da Computação

Coordenadoria de Integração Estudantil
e Movimentos Sociais
Kaio Felipe - Ciência Política


Coordenadoria de Cultura, Esportes e Eventos
Roberta Machado - Direito
Carolina Masson - Direito
Kadu Freire de Abreu - Direito


Coordenadoria de Ensino, Pesquisa e Extensão
Alexandre Neves - Economia
Gustavo Coelho - Economia
Vinicius Sato - Economia
Pedro Ivo -
Engenharia Civil

Coordenadoria de Formação Política e Movimentos Sociais

Simone Alves - Ciência Política
Leonardo Volpatti - Ciência Política

CONSELHOS DELIBERATIVOS

Conselho Universitário - CONSUNI
Mariana Sinício - Economia
Fabio Lima - Direito (Suplente)
Mateus Lôbo - Ciência Política
Henrique Félix - Direito (Suplente)
Rodrigo Lyra - Ciência Política


Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – CEPE
Pedro Henrique Saad - Direito
Marcos Valente - Relações Internacionais (suplente)
Nicolas Powidayko - Economia
Davi Brito - Direito (suplente).

Conselho Administrativo – CAD
Vinícius Sato - Economia
Nilton Locatelli - Direito (Suplente)



PRINCÍPIOS

A Aliança pela Liberdade tem o compromisso de estabelecer um sistema de regras claras dentro do grupo. Para tanto, temos um estatuto que orienta a organização de nossa estrutura. No estatuto consta o seguinte:

I – DOS PRINCÍPIOS:

1º A Aliança pela Liberdade, associação sem fins lucrativos, grupo acadêmico de
debates teóricos e de mobilização político estudantil, é constituída por estudantes
e ex-estudantes de graduação e pós-graduação da Universidade de Brasília e tem
como fundamentos:

I-A liberdade de expressão, pensamento e manifestação;

II- O estudo diligente e disciplinado;

III-A reflexão e o debate;

IV-O respeito às minorias;

V-A contestação ordeira e respeitosa;

VI-A crença na supremacia dos direitos e liberdades individuais;

VII-O pluralismo político;

VIII-A igualdade de todos perante a lei;

IX-O Estado Democrático de Direito;

X-O direito inalienável de cada indivíduo em escolher seu próprio destino.

Blog da Liberdade