sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Consuni hoje!

AGENDA DA 374a REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO, A SER REALIZADA NO DIA 17/12/2010, SEXTA-FEIRA, ÀS 14H30, NO AUDITÓRIO DA REITORIA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA.




1. Informes.
2. Assuntos para deliberação.
2.1. Proposta de criação do Programa de Pós-Graduação em Sistemas Eletrônicos e Automação.
Relator: Geraldo Magela e Silva
2.2. Proposta de Orçamento Programa Interno (OPI) da FUB/2011.
3. Outros assuntos.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Desventuras Políticas e o começo do governo Dilma



Por Davi Marco Lyra Leite

Estudante de Engenharia Elétrica da Universidade de Brasília, pesquisador do Grupo
de Processamento Digital de Sinais e do Grupo de Pesquisa em Imagens Médicas.


O Brasil passa por um momento de transição entre dois modelos de gestão bem
distintos, mesmo que durante a campanha tenha-se falado o contrário. Sairemos do
governo Lula, com um presidente boa praça e totalmente político – sem experiência
administrativa, mas com um jogo de cintura inigualável -, para o governo Dilma
Rousseff – em que teremos uma burocrata como chefe de governo, com larga
experiência administrativa, mas sem a habilidade no jogo político, característica de seu
antecessor.

Nesse cenário, o que acontece agora é a montagem do novo ministério – apesar
dele ter muitas faces parecidas com o antigo e ser formado, em grande parte, por
indicações de dois (futuros) ex-presidentes (Lula e José Sarney) – já vemos algumas
escolhas pessoais da presidente eleita, mesmo que em número bem pequeno. E, nesse
processo de escolha de novos ministros, ou manutenção dos antigos, uma das grandes
novidades das últimas semanas foi a escolha, ainda não anunciada oficialmente, do
senador Aloizio Mercadante (PT-SP) para a pasta de Ciência e Tecnologia.

Mestre em Economia pela Unicamp e professor licenciado da PUC-SP, Mercadante
desconhece a área de Tecnologia como a entendemos: “as ciências (exatas) aplicadas
à produção e à melhoria da qualidade de vida das pessoas”. Todavia, ele pode ser uma
excelente – senão uma das melhores - escolhas da presidente eleita. Por quê?

Comecemos pelo atual ministro, o competente e técnico Sérgio Rezende. Ele é doutor
em física pela maior instituição de pesquisa do mundo, o Instituto de Tecnologia de
Massachusets, o MIT, todavia não apresenta grandes aspirações políticas, visto já
ter chegado ao auge da carreira acadêmica, sendo professor titular da PUC-RJ e na
UFPE. Desse modo, por mais que entenda o que acontece nas universidades e na vida
acadêmica, falta-lhe a força para peitar as oposições e fazer valer a sua voz.

Nesse sentido, o senador Mercadante é bem diferente do atual ministro. Ele tem
duas características ausentes a Sérgio Rezende: o conhecimento do jogo de político
– dado pelos quase trinta anos de vida pública e por quase duas décadas atuando no
Congresso Nacional –; e a vontade de se projetar em cenário nacional – tendo em vista
que suas aspirações são maiores do que a vida como ministro ou senador, ele tem o
sonho de ser eleito governador de São Paulo ou conseguir, futuramente, uma cadeira
no Palácio do Planalto (seja como o titular do governo ou vice-presidente).

Desse modo, o ministro Mercadante pode imprimir uma nova lógica ao ministério,
fugindo do pragmatismo anterior, mas mantendo um viés técnico e competente.
Para isso, será necessário se aliar com pesquisadores e entusiastas da área que sejam
conhecedores das formalidades e do processo de desenvolvimento do país, além de
serem qualificados, hábeis e da total confiança do novo ministro. Esse aspecto será
essencial para que a pasta ganhe uma nova projeção, mas não perca as estruturas
atuais – que, mesmo precárias se pensarmos no contexto internacional e nas

potencialidades brasileiras, já representam uma melhoria graças a anos de trabalho
duro de cientistas e acadêmicos brasileiros.

Também acreditamos que ele pode atuar dando à pasta uma visibilidade nova no
cenário político brasileiro, visto que o ministro será o real protagonista dos trabalhos.
Além disso, ele chegou ao ministério devido à sua relevância dentro do Partido dos
Trabalhadores, ao invés de ter sido indicado por um padrinho mais forte, como no
caso do Dr. Sérgio Rezende – apadrinhado por Eduardo Campos, presidente do PSB,
governador reeleito de Pernambuco e, quiçá, futuro candidato à presidência da
República.

Esses pontos podem ser fatores determinantes para mudança das estruturas arcaicas
vistas no atual fisiologismo político. Vivemos um período em que se pensar em cargos
é mais importante do que se pensar no país; no qual o setor de Ciência e Tecnologia
é visto como acessório. Ninguém leva em conta que qualquer país desejoso de ser
desenvolvido deve investir em ciência para melhorar a produção, incrementar o
sistema educacional, melhorar a infra-estrutura de transportes, e, principalmente,
trocar o espaço de comprador de idéias para se tornar um exportador de inovações.

Mas lembrando que, para isso, o futuro ministro deve ter uma equipe competente,
ter um Secretário-Executivo atuando quase como um vice-ministro, com competência
técnica suficiente para auxiliar nas decisões da pasta e ser determinante para que o
Ministério não perca o seu viés técnico e se torne algo somente político.

Além de que, mesmo que seja importante a questão política para o trâmite da
pasta, os cargos de confiança devem ter o endosso técnico, as pessoas devem ter a
competência para exercer a função a que foram designadas, e não apenas ter o apoio
do partido – visando desenvolver um trabalho voltado ao crescimento da nação,
lembrando que o Brasil deve estar acima de qualquer partido político – a fim de evitar
problemas como aqueles ocorridos durante a gestão Cristovam Buarque em Brasília,
quando “companheiros” foram nomeados para cargos apenas por partidarismo e não
tinham condições suficientes para exercer as funções que eram esperadas deles por
parte do governo e da população.

Não tenho uma bola de cristal para dizer que sim ou não, mas torço, como apaixonado
pelo Brasil e desejoso de ver dias melhores para o nosso país, que essa escolha não
tenha sido só uma forma de acalmar brigas internas do partido e se mostre – como
tem a capacidade de ser – uma boa jogada da nova presidente.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Comissão de Ética da UnB


Pela UnB Agência:

Em entrevista à UnB Agência, Marcel Bursztyn (presidente da Comissão) revela as estatísticas e fala sobre o trabalho da comissão. Plágio e assédio moral também estão entre as ocorrências mais comuns


UnB Agência: Como os casos são tratados?
Marcel Bursztyn: É preciso deixar claro que nós não somos a justiça. A nossa punição é branda. A única punição é a censura ética, que fica registrada na ficha do funcionário e isso significa que por três anos ele não pode ser promovido. Ele não ocupará um cargo de gestor, por exemplo. Isso fica registrado na Comissão de Ética Pública da Presidência da República. Nosso papel é mais pedagógico, de ensinar mesmo. Somos conciliadores. É importante deixar claro também que essa comissão não julga alunos; nós temos mandato sobre agentes públicos. Aqui, na UnB, recebemos denúncias envolvendo professores, servidores do quadro administrativo, pessoal terceirizado e mesmo pesquisadores bolsistas. Essas pessoas nós podemos investigar. Casos que não são da nossa alçada chegam com frequência. Alguns são encaminhandos à Comissão Disciplinar Permanente da UnB, ou podemos recomendar que a parte denunciante encaminhe para a justiça. Por ser nova, criada em julho de 2008, nosso desafio é justamente que a comunidade conheça o papel da comissão.

UnB Agência: Como as denúncias chegam?
Marcel Bursztyn: Recebemos acusações por telefone, por e-mail e por carta. Podem ser anônimos ou as pessoas revelam quem são. O fundamental é que venham munidas de provas ou testemunhas para que facilitem a investigação. Cada caso é investigado de uma maneira e leva o tempo que for necessário. O que mais fazemos é a conciliação entre as pessoas. Muitos casos, como brigas entre professores e entre funcionários, poderiam ser resolvidos no próprio ambiente de trabalho. Casos mais graves, como uma difamação pública podem ser resolvidos por nós. O que é peculiar na UnB é que geralmente quem acusa, assim como o acusado, são bem instruídos e procuram se proteger da melhor forma possível. Isso tende a tornar o processo de apuração mais lento do que muitas vezes se deseja. Mas, por outro lado, torna a apuração mais precisa e fundamentada.

UnB Agência: A maioria das denúncias registradas pela comissão são de comportamento antiético. O que isso significa?
Marcel Bursztyn: Isso é bem amplo, mas basicamente corresponde a conduta mal educada por parte de algum servidor. São situações, como por exemplo, um servidor que é grosseiro no atendimento ao público. Depois dessa ocorrência, as denúncias mais comuns são de irregularidades administrativas, que representam 21,4% dos casos. Por exemplo, um servidor que deixou de cumprir com uma rotina de trabalho e provocou com isso algum tipo de prejuízo pessoal ou material. Em terceiro lugar está o plágio com 11,9% e, depois, com 9,5% o assédio moral, cuja abrangência é vasta e envolve circunstâncias variadas, que precisam ser bem investigadas. No início do mandato, nós fizemos uma pesquisa via InfoUnB, circular e memorando para saber quais assuntos a comunidade gostaria de debater. O tema de destaque foi o plágio, que não representa a maioria das nossas investigações. Depois veio o assédio moral. Já o nosso mapeamento mostrou que em primeiro lugar, 38% da demanda, diz respeito ao comportamento antiético.

UnB Agência: O plágio apareceu como principal desvio ético na pesquisa feita por vocês, mas o que aconteceu na prática foi diferente. Tem uma explicação para isso?
Marcel Bursztyn: Nós ainda não temos regras definidas para tratar o plágio. Nós sabemos que isso ocorre com frequência e é tratado dentro dos departamentos. Na maioria das vezes não chega para nós. A Comissão de Ética trata apenas dos casos de plágios em que as acusações são de alunos contra professores. Isso é gravíssimo.

UnB Agência: É mais grave o plágio vir do aluno ou do professor?
Marcel Bursztyn: Os dois são crimes. Mas o professor passa a não poder cobrar do aluno uma conduta mais apropriada que a dele. O professor perde a credibilidade com os colegas. Esse tipo de desvio ético corre em sigilo aqui, mas nos departamentos geralmente as pessoas ficam sabendo. Esperamos que seja criado um fórum específico para tratar desse assunto, estabelecendo parâmetros e sinalizando sobre penalidades. Precisamos ter regras claras para tratar o tema. Várias universidades de ponta, notadamente no exterior, já criaram seus códigos específicos sobre plágio. Muitas vezes, professores não sabem o que fazer com o plágio e alunos não sabem que estão plagiando. Nossos alunos foram formados na era da internet e estão acostumados a pesquisar nesse campo extenso. Acho que o entendimento do que é direito autoral está prejudicado.

UnB Agência: As palestras da próxima semana trarão esses temas para o centro dos debates. Qual o objetivo da Comissão de Ética com esse evento?
Marcel Bursztyn: Nós queremos apresentar à comunidade temas que estão na ordem do dia e que envolvem a todos. Muitos dos aspectos a serem tratados ainda estão sendo amadurecidos e a própria Comissão aprende na prática. Por exemplo, percebemos que nossa função não deve se restringir a um caráter punitivo. Ao contrário, podemos e devemos agir para promover a conciliação, em casos em que esta é possível. Recorremos com frequência à comissão da Presidência da Republica para esclarecer pontos que nos ajudem a tomar algumas decisões. Esperamos que as pessoas participem das palestras. Será enriquecedor para nós e para a Universidade.

PROGRAMAÇÃO DO CICLO DE PALESTRAS:

8/12
O Papel das Comissões de Ética (Decreto 1.171/1994)

Auditório da Reitoria, às 15 horas
Mesa de abertura: José Geraldo de Sousa Junior, reitor da UnB
Marcel Bursztyn, presidente da Comissão de Ética da UnB
Palestrante: Renata Lúcia Medeiros de Albuquerque Emerenciano, secretária executiva da Comissão de Ética Pública da Presidência da República

9/12
Plágio

Auditório da Reitoria, às 15 horas
Coordenador: Oyanarte Portilho, professor do Instituto de Física e membro da Comissão de Ética da UnB
Palestrante: Débora Diniz, professora do departamento de Serviço Social da UnB
Debatedor: Issac Roitman, professor aposentado da UnB e conselheiro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC)

10/12
Assédio Moral


Auditório da Reitoria, às 15 horas
Coordenadora: Gardênia da Silva Abbad, professora do Instituto de Psicologia e membro da Comissão de Ética da UnB
Palestrante: José Roberto Montes Heloani, professora da Unicamp
Debatedores: Mário César Ferreira, do decanato de Pesquisa e Pós-Graduação e Gilca Starling, secretária de Recursos Humanos da UnB

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Dois novos decanatos



Na última reunião do Consuni, dia 03/12, foi aprovada a criação dos decanatos de Gestão de Pessoas e de
Planejamento e Orçamento.

A parecerista fez um trabalho minucioso e apaixonado sobre o tema. No parecer há 20 páginas com uma forte e convincente exposição de motivos, mostrando que, segundo especialistas, realmente se faz necessária a integração das referidas áreas administrativas, anteriormente pertencentes a decanatos diferentes. Após a leitura do parecer foram debatidos alguns pontos omissos (como uma explanação se seria melhor fazer dois decanatos ou apenas um, em vista da integração).

A conclusão foi que o Consuni concorda com a criação dos novos decanatos e que as especificidades técnicas serão debatidas durante a implementação dos decanatos e, posteriormente, levadas ao crivo do Conselho Universitário.

Em outro momento da runião foi mencionada a possibilidade de um novo corte da URP, discussão arrefecida com o pronunciamento do reitor no sentido de que, devido a liminar do Supremo, essa possibilidade não existe em uma realidade próxima.

No mais, já era previsível que não haveria tempo para serem discutidos todos os pontos pautados para esse dia. Logo, foi marcada a próxima reunião do Conselho para o dia 10/12, com o principal ponto de pauta a Criação do Centro de Estudos do Cerrado da Chapada dos Veadeiros – UnB Cerrado.


Se quiser os pareceres ou saber mais detalhes sobre qualquer ponto, é so deixar um comentário!

Relato elaborado por Davi Brito, membro-suplente do Consuni.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Ainda sobre o Beijódromo.

Retirado do Blog do Professor Leonardo Rax:

O beijódromo e o resto dos campi
Nesta semana será inaugurado o beijódromo.

Como isto aqui é um espaço de opinião meu eu vou dizer o que penso: não era o momento.

A inauguração de uma obra assim com baixa prioridade em tão pouco tempo (?) quando outras obras se atrasam se configura em uma rematado mau gosto. Transmite-se uma expressão de escárnio. A impressão ou percepção é o que fica.

Felizmente o dinheiro para construção veio da Fundação Darcy Ribeiro e do Ministério da Cultura. Mesmo assim, empatam-se recursos da UnB senão na construção então certamente na manutenção.

Enquanto isso, os campi sofrem com atrasos de obras - com destaque para os prazos fictícios que já corroeram a credibilidade quanto ao tempo que as obras irão ainda perdurar.

A idéia de um memorial a Darcy Ribeiro é boa (com todas as reservas que tenho com o mesmo - eu li algumas coisas do referido ex-reitor).

O timing é péssimo. E timing, assim como percepção, é tudo.

E com isto vai aumentando o coro dos insatisfeitos com as decisões tomadas.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Trabalho duro marca último dia de obra do Beijódromo (EIN!?)



Não, o título deste post não é gozação! Ele é a reprodução do destaque do portal da UnB neste glorioso dia. Eu ainda quero entender (talvez algum iluminado que visita este blog possa explicar-me) como tivemos tanto dinheiro e recursos humanos p/ gastar nessa obra quando tantas outras (preciso mesmo linkar?) continuam no ritmo de tartaruga. O Brasil é mesmo um país RIQUÍSSIMO para torrarmos dinheiro com utopias! A UnB está uma beleza, com instalações moderníssimas e uma Casa do Estudante Universitário que é um verdadeiro céu! Não serei eu a reclamar! Não serei eu a profanar as utopias, ainda mais uma abençoada pelo dignatário-mor desta terra de sábios. Como diria Schiller, "contra a estupidez até os deuses lutam em vão".

Em tempo: votem em nossa nova enquete. Quem sabe ela ajuda a motivar futuras matérias da SECOM?
(As opiniões expressas neste pequeno parágrafo são de responsabilidade deste autor e não necessariamento refletem a opinião coletiva da Aliança pela Liberdade)


Da SECOM:
Trabalho duro marca último dia de obra do Beijódromo

Operários finalizam construção do Memorial Darcy Ribeiro, que será inaugurado no dia 6 de dezembro. Enquanto isso, comunidade acadêmica mata a curiosidade com a queda dos tapumes

Thássia Alves - Da Secretaria de Comunicação da UnB



Máquinas ligadas formando um barulho contínuo. Homens concentrados, sem tempo nem para meia dúzia de palavras. Gente apressada correndo contra o avanço do relógio. O volume de trabalho permite pouca conversa. A data foi marcada, seis de dezembro de 2010, com presença confirmada dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e José Mujica – do Uruguai. A cerimônia será às 15h.

É a inauguração do Beijódromo, no campus Darcy Ribeiro. Sob o comando de uma voz feminina, três homens escutam atentos as últimas orientações. “Hoje é o pior dia da obra”, ordena Adriana Filgueiras, responsável pela construção. Ela se refere a esta terça-feira, 30 de novembro, data limite para a entrega do prédio.

O Memorial Darcy Ribeiro surge tímido para a comunidade acadêmica. Aos poucos, os tapumes vão caindo e quem passa pelos arredores da Reitoria encontra uma nova paisagem. “Dei uma espiada hoje pela manhã, mas foi de longe”, conta o professor Antônio Carlos dos Anjos, coordenador do Projeto Rondon.

O professor vê no Beijódromo o resgate da essência da Universidade de Brasília. “Esse espaço vem para mostrar quem é a UnB”. Antônio Carlos conta que já esbarrou com colegas que questionaram a utilidade da obra. “Quem diz isso não pensa a Universidade como o organismo vivo que ela é. Construir uma obra pensada há tantas décadas mostra que a UnB se recria a todo instante”, afirma.

Mesmo quem desconhece o projeto, se encanta com as curvas da arquitetura do beijo de Darcy. "Passei pela entrada por volta das 11h e vi os tapumes caindo. Não sabia exatamente o que era, mas já tinha visto a construção de longe", conta Martina Gomes de Miranda, aluna da pós-graduação da Faculdade de Medicina. "É esquisito, mas bonito".

Para terminar a construção dentro do prazo, operários finalizam os últimos detalhes. De um lado, um deles pergunta: “E as luzes do banheiro?”. Sem perder o humor, apesar do corre-corre, o colega responde: “É como qualquer outra! É só ligar o interruptor”. “O tempo que resta é para correria”, justifica Walter Bento Garcia, responsável pela parte hidráulica da obra e um dos 100 homens que tocam o projeto assinado pelo arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé.

ACERVO DE DARCY – O Memorial Darcy Ribeiro foi idealizado pelo fundador da UnB como o encontro perfeito entre sentimento e razão. O prédio vai abrigar todo o acervo do antropólogo e educador e terá também um anfiteatro dedicado à vivência, carinhosamente apelidado de "Beijódromo" pelo próprio Darcy.

A cerimônia de assinatura do convênio da obra, em maio deste ano, reuniu o presidente da Fundação Darcy Ribeiro, Paulo Ribeiro, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, e o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Soares Dulci. "O sentimento é de reencontro com a utopia da UnB, a disposição de Darcy de realizar grandes utopias", disse o reitor José Geraldo de Sousa Junior na ocasião.

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