quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Membro da AL é o primeiro estudante da UnB a participar do Programa de Bolsas Botín


     (Prédio da Fundación Botín na Espanha)

O estudante Michael Dantas, membro da Aliança pela Liberdade desde 2010 e discente do curso de Relações Internacionais, foi o primeiro aluno da Universidade de Brasília a ser selecionado para o Programa de Bolsas Botín para o Fortalecimento da Função Pública na América Latina.

O programa é destinado a alunos de graduação que tenham até 22 anos. Em 2012, na sua terceira edição, mais de 2000 candidatos oriundos de mais 300 diferentes universidades disputaram 40 vagas distribuídas entre alunos de 9 países latino-americanos (10 brasileiros foram selecionados).

Os participantes terão todas suas despesas custeadas pela Fundación Botín para participar de um programa de formação que durará 8 semanas e será voltado para o aperfeiçoamento do exercício da função pública.

O programa se dará na Brown University (EUA), no Watson Institute for International Studies, e na Europa - principalmente em Madri. Contará com palestras e workshops realizados por acadêmicos e personalidades políticas, como Ricardo Lagos, Leonel Fernández, Lincoln Chafee e José Antonio Ocampo, além de visitas aos órgãos de governo espanhóis e a instituições europeias localizadas em Bruxelas.

A Aliança pela Liberdade parabeniza seu associado por representar o grupo e a Universidade de Brasília em uma atividade que reunirá jovens líderes de toda América Latina. 

domingo, 23 de setembro de 2012

Parque Científico Tecnológico e a UnB: Expectativas

*Por Pedro Saad


É verdade que precisam também dos investimentos industriais, das transformações agrícolas, das exportações comerciais. [...]. Mas nada pode ter valor para eles [...] se não é feito pelo esforço múltiplo e conjugado das equipes: dirigentes e colaboradores, engenheiros e técnicos, pesquisadores e laboratoristas, criadores e monitores. Desde agora, como o destino dos estudantes do Brasil aparece como essencial e cheio de promessas!”

Charles De Gaulle, em discurso na sua cerimônia de doutoramento honoris causa pela UnB, em 1969

A Universidade de Brasília foi concebida para fazer a diferença no desenvolvimento regional e nacional. O espírito de seus primeiros anos pode ser percebido no discurso da primeira pessoa a receber o título de Doutor Honoris Causa pela UnB, o então presidente francês Charles De Gaulle. Para isso, mostrava-se e ainda mostra-se mais que necessária a integração da universidade com a sociedade, inclusive com o setor privado. E poucos projetos atendem tanto a essa necessidade quanto o Parque Científico e Tecnológico (PCTec-UnB).

Na definição da IASP¹ (International Association for Science and Technological Parks), um Parque Científico e Tecnológico é uma organização gerenciada por profissionais qualificados, que tem por objetivo gerar riquezas na comunidade, promover a cultura de inovação e proporcionar a competitividade das empresas e institutos de geração de conhecimento instalados no parque. Além disso, busca-se o aumento do fluxo de informações e conhecimentos entre a universidade, instituições voltadas para a pesquisa, empresas e mercados.

Na UnB, o estudo, análises e implementação do projeto foram e estão sendo desenvolvidas pelo Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT), em seus aspectos logísticos. O PCTec-UnB também está vinculado à estrutura gerencial do CDT. A parte relativa aos aspectos físicos fica a cargo do Centro de Planejamento Oscar Niemeyer (CEPLAN). Na formulação do projeto, esses órgãos contaram também com o apoio de diversos pesquisadores e diretores de faculdades e institutos da nossa universidade. O PCTec-UnB foi planejado para ter sua localização no extremo sul do campus Darcy Ribeiro, ocupado 12% da área deste, num total de 486 mil m². 

O PCTec-UnB tem seu enfoque na pesquisa tecnológica, voltada para aplicações empresariais e de interesse público. Para isso, ele conta com mecanismos de apoio ao surgimento e aplicação de projetos. Entre esses mecanismos, podemos citar o exemplo da Incubadora de Empresa de Base Tecnológica – IEBT – que oferece aos empreendimentos, além de espaço físico, apoio a obtenção de investimentos, consultorias especializadas e formação gerencial e estratégica. Há também o Hotel de Projetos, que consiste num ambiente desenvolvido para locação de materiais de pesquisa e promoção de grupos de pesquisadores ou de empresas.

Não à toa, há diversos parques científicos e tecnológicos espalhados em países desenvolvidos. Havia no Reino Unido, em 2005, mais de 60 parques; na França, mais de 80; nos Estados Unidos e Canadá, há mais de 200, segundo dados da Anprotec. No Brasil, havia 22 parques científicos e tecnológicos em funcionamento, sendo sete na região Sudeste e dez na região Sul.

Os primeiros passos para o surgimento do projeto na UnB se deram ainda na década de 1980. Nos tempos mais recentes, ele voltou a ser lembrado em 2007. Há dificuldades de ordem burocrática para a implementação do PCTec-UnB. No entanto, é necessário que a comunidade universitária não deixe a idéia de lado e promova incentivos para seu sucesso.

O sucesso de projeto é o caminho para o sucesso do desenvolvimento do planalto central brasileiro. Precisamos dessa integração entre setor privado, pesquisadores, governos e cientistas para promover o crescimento da UnB e o desenvolvimento tecnológico da região. Além disso, só assim as expectativas que essa universidade dava à comunidade em sua primeira década de existência irão se cumprir. Só assim o destino dos estudantes dessa universidade cumprirá as promessas de outrora.


*Pedro Saad é estudante de direito e conselheiro discente no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UnB (CEPE). É o atual vice-presidente da Aliança pela Liberdade.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A Próxima Gestão da Reitoria e a Assistência Estudantil




*Por Lázaro Bonfim Oliveira

Em seus 50 anos de história a Universidade de Brasília consegue se manter entre as melhores instituições públicas do país. Porém, muitos desafios insuperados impedem a sua excelência. A política de assistência estudantil é um exemplo: ela precisa ser mais representativa, inclusiva e prioritária. Viabilizar mecanismos para que o/a estudante em condição de vulnerabilidade socioeconômica possa se manter na Universidade são imprescindíveis para equilibrar os gargalos históricos da desigualdade.

A eleição de um novo mandato para a reitoria ajuda-nos a repensar quais desafios necessitam de soluções emergenciais. Proporcionar a concessão da bolsa permanência ao/a estudante inserido/a nos programas de assistência por sua condição de hipossuficiência precisa ser encarado pelo novo reitor como prioridade. A vulnerabilidade já o torna apto ao recebimento da bolsa!

A reestruturação da política estudantil é um dos maiores anseios dos/das estudantes que participam dos programas sociais da Universidade de Brasília. Estes/as podem e devem ser ouvidos/as em sua elaboração.

Além disso, de forma a exigir do novo reitor a consolidação da assistência estudantil na Universidade, está sendo formada a Associação Multicampi dos Estudantes em Vulnerabilidade Socioeconômica da UnB (AMCEU), que será um mecanismo fundamental de intermediação por garantias junto aos novos gestores/as da UnB.

Portanto, que a nova gestão venha priorizar a assistência estudantil como um direito, como uma ferramenta de permanência, que a universalização da inserção e a participação nos programas de assistência propiciem benefícios e condições fundamentais aos estudantes em vulnerabilidade socioeconômica da nossa Universidade.

*Lázaro Bonfim Oliveira é estudante de Engenharia Florestal e apoiador da Aliança pela Liberdade. Participa ativamente das reivindicações por uma assistência estudantil digna na Universidade de Brasília.

domingo, 9 de setembro de 2012

Nós apoiamos a chapa 86, "UnB Somos Nós".



À comunidade da Universidade de Brasília,

Nós, da Aliança pela Liberdade, associação discente da Universidade de Brasília criada em 2009, somos pautados pela excelência acadêmica, o mérito individual, a autonomia de cátedra, a pesquisa e a extensão integradas ao ensino e úteis ao desenvolvimento de Brasília e do Brasil. Acreditamos que os maiores empecilhos para isso são o aparelhamento, o proselitismo e o sectarismo dentro da Universidade. 

Entendemos que no primeiro turno da consulta para reitor da UnB havia vários candidatos que poderiam contribuir para a consecução dos nossos valores e objetivos. Contudo, essa realidade mudou. A nós está claro que apenas uma das duas chapas reúne condições para levar nossa Universidade ao seu lugar de direito: a vanguarda do conhecimento. 

A Chapa 86, UnB Somos Nós – dos professores Ivan Camargo e Sonia Báo – representa hoje o projeto de Universidade necessária: livre, plural, comprometida com a sociedade e em busca da excelência em nível internacional. Nossos candidatos são professores com mais de 20 anos de dedicação a esta Universidade, respeitados em seus departamentos, na comunidade e com sólida carreira científica. 

A professora Sônia possui extenso currículo acadêmico, além de vasta experiência de gestão, sendo a diretora do Instituto de Ciências Biológicas (IB) durante os últimos 6 anos, quando este consolidou um patamar de qualidade raramente encontrado na Universidade de Brasília. 

O professor Ivan, além de sua profícua produção acadêmica, implementou o Matriculaweb e a Avaliação Docente, quando no Decanato de Ensino de Graduação (DEG) na Gestão Lauro Morhy, e serviu ao Estado brasileiro em diversas ocasiões na busca de resoluções para problemas nacionais na área de energia. Em sua gestão, frente ao DEG, a UnB chegou ao 1º lugar nacional na graduação de acordo com Ministério da Educação, e com um orçamento três vezes menor que o atual, quando nos encontramos fora das TOP 5 do país seja qual for o ranking de universidades utilizado, não obstante um orçamento anual que ultrapassa 1 bilhão de reais. 

A "UnB Somos Nós" é comprometida com a democracia e com o bom funcionamento dos Conselhos Superiores da Universidade de Brasília. Defende o policiamento socialmente responsável dos campi, o investimento em pesquisa em parceria com a sociedade, a valorização do empreendedorismo e das empresas-juniores, a assistência estudantil justa e eficiente, o devido cuidado com a infraestrutura. Valoriza igualmente os 4 campi, além de respeitar e ouvir estudantes, professores e técnicos na busca de um interesse comum: a excelência da Universidade de Brasília! 

Não seriam rótulos vazios a nos impedir de tomar parte nessa disputa. Acreditamos que alcunhas como Timotistas ou Geraldistas são exemplo de politicagem rasteira. O profº Marcelo Bezzeril, candidato à vice-reitor pela Chapa 80, é sem dúvida um homem honesto e probo, ainda que tenha sido indicado a Diretor pró-tempore da Faculdade de Planaltina pelo então reitor Timothy Mulholand. A mera participação de membros da comunidade acadêmica em qualquer gestão da Universidade de Brasília não pode jamais ser causa para condenação ou causar mácula irremediável. A nossa Universidade merece mais. Discutamos projetos, princípios e ideais, em vez de projetar sobre os adversários rótulos e acusações levianas imutáveis.  

É em nome da união da nossa comunidade acadêmica, da liberdade e do conhecimento que declaremos nosso apoio aos professores Ivan e Sônia. A Aliança pela Liberdade vota 86 para construir a UnB que sonhamos, merecemos e faremos - a UnB autônoma, plural e de excelência dos nossos fundadores.

P.S.: A Aliança pela Liberdade se compromete que nenhum dos seus membros jamais assumirá qualquer cargo caso a chapa 86 vença a consulta, o que inclui o cargo de Assessor Especial para a Juventude.

Atenciosamente,
Associação discente Aliança pela Liberdade.

Blog da Liberdade