sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Nem Timothy, nem Zé Geraldo: o diálogo que esperamos da próxima reitoria.
Nesta semana iniciamos um novo espectro de possibilidades para o diálogo e a construção de uma universidade compartilhada. O professor Ivan Camargo e a professora Sônia Báo assumem o posto de reitor e vice-reitora com enormes desafios acadêmicos e administrativos. A UnB precisa resgatar seu papel de protagonismo no cenário acadêmico nacional e só chegará lá quando o caos administrativo perpetrado pela última gestão for adequadamente enfrentado. É certo, porém, que a UnB não precisará apenas de um bom administrador no sentido técnico, mas também no político. Nos últimos anos a Universidade de Brasília enfrentou certo amadurecimento por meio de decisões colegiadas mais transparentes. Todos sabemos o quão enfraquecido esteve o diálogo em nossa universidade durante o período Timothy Mulholland. Não precisamos voltar a um período em que as autoridades da UnB tenham medo de ouvir seus alunos. Foi justamente a falta de franqueza e de diálogo aberto, tolerante, corajoso e maduro que empurrou a UnB para uma crise de que apenas os incendiários podem sentir saudades.
As reuniões dos Conselhos Superiores da UnB devem continuar e com regularidade. É certo que não esperamos reuniões improdutivas com momentos de longos e cansativos discursos por parte de uma voz que se crê iluminada. É certo que não esperamos que se repita o cinismo cordial dos últimos quatro anos, com sorrisos e discursos de democracia para a torcida, mas com decisões autocráticas e atropeladas quando assim convinha fazer, como no consuni que definiu as diretrizes para escolha do reitor.
O que se espera do ambiente de diálogo (e diálogo público!) na UnB é que adultos se portem como adultos e que sejam tratados como adultos. É com essa postura e convicção que a Aliança surgiu, atua e atuará. É com esse norte que seguiremos tendo uma postura de diálogo seja com quem for, pois em uma Universidade apenas os covardes e os loucos fecham a porta e os ouvidos para o outro.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Aliança pela Liberdade é 100% nos Conselhos Superiores da UnB
Podem até mudar, mas a Aliança pela Liberdade é a única que respeita seu voto!
A
gestão Aliança pela Liberdade realizou um levantamento da presença dos
representantes discentes (RDs) nos Conselhos Superiores da UnB através das atas
das reuniões, junto a Secretaria de Órgãos Colegiados (SOC). Os RDs são eleitos
anualmente (junto com a eleição da Diretoria do DCE) e a distribuição de
cadeiras entre as chapas segue o sistema proporcional. Os resultados revelaram
uma diferença abismal entre a atuação da Aliança pela Liberdade e os demais grupos
do movimento estudantil, como se observa no gráfico a seguir:
PERCENTUAL DE PRESENÇAS DOS
REPRESENTANTES DISCENTES,
POR CHAPA E POR CONSELHO (2011-12)
POR CHAPA E POR CONSELHO (2011-12)
Fonte: Atas das reuniões do CEPE, CAD e CONSUNI. Secretaria de órgãos colegiados (SOC). O
cálculo é simples: total de presenças da chapa sobre o total de presenças
possíveis(dado o número de cadeiras).
Esses conselhos são as instâncias máximas de decisão da Universidade. No Conselho Superior (CONSUNI)
foram debatidas as regras de convivência (que regulam trotes, festas, consumo
de bebidas e cigarro, passagens de carros de som pelo Campus e etc), a adesão
da UnB a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH, que administrará
o HUB) e as regras para escolha do Reitor.
No Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) foram discutidas questões importantes como a greve, a adesão
da UnB ao ENEM, a adesão da UnB a lei de cotas e o novo calendário acadêmico e
criação de novos cursos. No Conselho Administrativo (CAD) são discutidas questões administrativas e financeiras, como o
orçamento da UnB.
domingo, 18 de novembro de 2012
Uma nova fonte de financiamento para uma UnB livre
Semeando a cultura de doações de ex-alunos
*Por Iago Affonso
É tradição nas melhores universidades americanas e europeias que doações de ex-alunos ajudem a financiar as universidades. Não raro, 30-50% do financiamento das pesquisas destas universidades é custeado pelos fundos patrimoniais (endowment funds) mantidos exclusivamente por doações. Em algumas universidades, o fundo patrimonial é a maior fonte de recursos da instituição, como demonstra o gráfico de receitas da Universidade de Yale - 7ª melhor universidade do mundo segundo o ranking QS World Universities - entre 2010 e 2011:
Fonte: www.yale.edu/finance/controller/resources/docs/finrep10-11.pdf
Dessa forma, a universidade passa a contar com uma fonte vitalícia de recursos, garantindo, assim, maior autonomia de pesquisa e maior segurança financeira frente às intempéries políticas que possam vir a afligir a definição do orçamento das universidades federais. Ainda que não substitua o financiamento governamental das universidades brasileiras, os fundos mantidos por doações de ex-alunos, familiares e demais amigos da educação, pode vir a se tornar uma importante fonte complementar de recursos que possa aumentar o número de bolsas, reformar as instalações das universidades e financiar pesquisas que a comunidade universitária priorize.
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
140 estudantes da Universidade de Brasília!
Sob a égide da esperança, da tolerância, da liberdade, da excelência acadêmica, decidimos ao final de 2011 pleitear a direção executiva do Diretório Central dos Estudantes da Universidade de Brasília, que carrega em seu nome uma homenagem ao estudante de geologia Honestino Guimarães, símbolo da luta por democracia e liberdade no Brasil. Vencemos. Esta vitória deu sequência a doze meses de dedicação e de trabalho árduo, culminando em importantes iniciativas para os estudantes da nossa Universidade.
Entretanto, é nítido que ainda há muitos projetos a ser implementados, problemas a serem resolvidos, burocracias a serem simplificadas. Com vistas a deixar como legado um ciclo virtuoso que fomente o ensino, a pesquisa e a extensão de qualidade, decidimos, pois, buscar a reeleição neste ano de 2012.
Assim, com orgulho, anunciamos à Universidade de Brasília a inscrição da nossa chapa, que conta com 140 estudantes da UnB. 140 estudantes que buscam uma instituição de nível internacional e que justifique o orçamento anual de mais de 1 bilhão de reais que a sociedade empreende aqui. Somos a única chapa a disputar o DCE com 100% dos seus membros sem qualquer filiação partidária, como atestou o TSE!
Venha, faça parte desse sonho também!
Continue cultivando uma Universidade de Brasília mais livre, vote 1!
Nos visite também em https://www.facebook.com/alianca.liberdade
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Um ano depois... O que fizemos?
Concluído o mandato da gestão Aliança pela Liberdade (DCE 2011/12), apresentamos à comunidade acadêmica uma prestação de contas das principais ações desenvolvidas no período. Entendemos como fundamental para uma efetiva representação política que os mandatários prestem contas durante e depois dos mandatos. É com este intuito que preparamos este texto.
A atuação da gestão foi dividida esquematicamente nas seguintes áreas: Segurança, Transporte, Participação e representação, Infraestrutura, Assistência Estudantil, Mídias Sociais e assuntos gerais.
Segurança
Entendemos que a insegurança é um dos graves problemas da UnB e que não podemos banalizar ações criminosas que atingem a vida e a integridade da comunidade universitária, nem ao seu patrimônio. Organizamos a Semana da Segurança da UnB, quando aprofundamos o debate junto com especialistas, autoridades e membros da comunidade universitária. A Semana culminou com a audiência pública na CLDF, onde se consolidou a proposta de criar um batalhão universitário, um braço da polícia especializado na convivência plural do ambiente universitário, similar ao Batalhão Escolar.
Criamos também o mapa colaborativo de criminalidade na UnB. Com a colaboração das vítimas de assaltos ou violências, que podem facilmente registrar a ocorrência no mapa criado pelo DCE com a expertise do Google Maps, o DCE vêm construindo uma grande base de dados, disponível de modo interativo à comunidade. A iniciativa despertou o interesse da secretaria de segurança e da mídia local e nacional.
No final de setembro, juntamente com o Decanato de Assuntos Comunitários, apresentamos a proposta de criação da Polícia Comunitária Cidadã ao Subsecretário de Segurança do DF, Elson Sousa. Enfatizamos a necessidade de treinamento específico para lidar com a pluralidade do ambiente acadêmico concomitante ao poder de prevenção do crime da polícia.
Transporte
De uma troca de tweets entre o DCE e a Secretaria de Transporte do DF nasceu uma parceria que culminou na implementação do posto móvel do Passe Livre Estudantil na entrada do ICC Norte. Em meados de julho, o DCE requereu ao DFTrans a instalação de um posto permanente na UnB. O pedido foi acatado e em setembro a reitoria assinou o convênio, cedendo à Secretaria de Transporte um espaço no MASC entre o ICC Norte e a FT para o alojamento do posto. Para iniciar o funcionamento, resta apenas a instalação dos cabos de internet, o que ocorrerá em breve.
Entregamos um questionário sobre o transporte público na UnB respondido por quase 300 estudantes. A iniciativa foi bem avaliada e, assim, esperamos implementações de novas linhas e de novos horários em todos os campi, além de melhorias do serviço de mobilidade urbana.
Para aqueles que possuem carro, conseguimos junto à Disbrave a concessão de R$0,10 de desconto por litro aos discentes, docentes e técnicos da Universidade de Brasília.
Democracia
Para aproximar a política estudantil dos estudantes, Nesse sentido, a gestão Aliança pela Liberdade criou o projeto Democracia 2.0, um sistema de votação pela Internet, exclusivo para estudantes da UnB com verificação através do MatrículaWeb. Sob sugestões de especialistas em segurança virtual, aprimoramos o código-fonte durante meses em prol do sigilo dos dados e da robustez no registro dos votos. Testamos publicamente o Democracia 2.0 pela primeira vez em agosto, questionando os alunos sobre o término da greve estudantil. Em quase 30 horas, recebemos 2196 respostas.
Infraestrutura
Para enfrentar os problemas de infra-estrutura da universidade, criamos o GT de Infraestrutura, cujos relatórios (entregues periodicamente a prefeitura) cobraram o fornecimento de itens como sabonete, papel higiênico; cobramos ainda soluções para problemas como infiltração e goteiras, qualidade física das salas de aula. Marcamos reuniões com a Diretoria de Engenharia e Arquitetura do campus e, em consequência, conseguimos substituir os bebedouros velhos por novos e firmamos um compromisso de que não faltaria papel, sabonete ou papel higiênico nos banheiros. Salvo em circunstâncias excepcionais, atualmente não faltam estes itens no campus.
Assistência Estudantil
Com o apoio do DCE, foi encaminhado ineditamente na Câmara de Assuntos Comunitários (CAC) proposta para reformulação dos programas da assistência estudantil, juntamente com a discussão para o fim da contrapartida trabalhista. Além disso, conseguimos junto a Universidade a garantia de pagamento de auxílio alimentação aos estudantes sócio-vulneráveis quando o Restaurante Universitário não funcionar, benefício antes concedido apenas aos moradores da Casa do Estudante. Assim, aprovamos um aumento de aproximadamente R$50.000,00 mensais no orçamento do auxílio-alimentação. E em nosso site, há uma seção dedicada ao tema.
Mídias sociais e novo site
Quando é o ajuste? Qual o prazo para revisão de menção? Quando começa a matrícula? Foi decretada greve? Quando? Estas eram perguntas que os estudantes rotineiramente indagavam e que o Diretório Central dos Estudantes não fornecia resposta. Logo no início da gestão, elaboramos um site novo, uma plataforma que atualmente dá transparência ao estudante sobre o que é e o que faz o Diretório e fornece informações úteis ao seu cotidiano acadêmico. Estreamos nossa página no Facebook, provendo informações rápidas e pontuais sobre matrícula, revisão de menção, calendário acadêmico, decisões dos órgãos colegiados, análises de greve etc. Como resultado, o número de seguidores nesta rede social dobrou para pouco mais de 9 mil, atingindo uma maior parcela dos estudantes e fomentando um intercâmbio maior de informações entre a comunidade.
Assuntos gerais
Empresas juniores. Além de criar uma página para explicação e divulgação das empresas juniores no site do DCE, ainda defendemos com vigor nos órgãos colegiados a concessão de créditos para os participantes desses projeto. A iniciativa foi aprovada na Câmara de Extensão e esta em vias de implementação.
Regularização dos Centros Acadêmicos. No início do primeiro semestre de 2012, o DCE buscou os Centros Acadêmicos dos quatro campi para entregar uma cartilha de assistência à regularização, provendo expertise desde em como conseguir um CNPJ ou abrir uma conta bancaria a como regulamentar sua situação junto à DEA e aos órgãos da UnB;
Transparência. A gestão Aliança pela Liberdade adotou o método das partidas dobras para aumentar a precisão do registro contábil e passou a divulgar em seu portal eletrônico as contas do Diretório. Objetivando expandir o poder de controle do público e dar transparência aos gastos do DCE, atualmente qualquer um pode visualizar nossa contabilidade.
Reforma do DCE. Em junho abrimos um concurso para a reforma do espaço físico DCE com verbas do edital UnB 50 anos. O projeto está em estágio de adaptação técnica pelo Ceplan, Centro de Planejamento da UnB, que conduzirá toda a obra em breve e transformará o DCE em um ambiente menos insalubre e mais integrador e convidativo.
RU. Denunciamos com vigor os constantes fechamentos do R.U. Durante a greve, por exemplo, conseguimos garantir o funcionamento do R.U. para os estudantes da Assistência Estudantil.
Divulgação dos resultados do PAS e vestibular. Estabelecemos uma cultura de liberdade na recepção aos calouros. Os anúncios dos selecionados no PAS triênio 2009–2011 e no vestibular do 1˚/2012 foram marcados por uma cultura de liberdade. O DCE organizou um espaço para aqueles que queriam se sujar e receber trote de seus veteranos concomitante a uma área na qual a sujeira não era permitida, salvaguardando assim os direitos e as liberdades individuais.
Calourada UnB. A tradicional festa de recepção dos calouros foi parte das comemorações do cinquentenário da UnB e foi a maior da história, com a participação de 41 Centros Acadêmicos. A repercussão chegou à mídia.
Conclusão
Essas foram as principais ações da gestão Aliança pela Liberdade, tentando fazer jus as prerrogativas da Diretoria e à confiança dos estudantes.
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