Conselhos Superiores


Com uma leitura rápida das normas da Universidade de Brasília podemos entender a relevância dos Conselhos Superiores. A boa atuação deles é o que de fato decidirá os caminhos e o sucesso de nossa Universidade. Conselhos que funcionem de forma produtiva e responsável podem e devem servir como freio para gestões parasitárias, partidárias e ineficazes. E, por outro lado, devem servir como inspiração para que a Administração Superior da UnB irrigue suas políticas e realizações com o anseio crítico da comunidade.

Neste sentido, os estudantes têm o direito e o dever de influir de forma positiva na agenda desses Conselhos. Há um grupo significativo de estudantes em nossa Universidade que crê que podemos participar da gestão da UnB utilizando mais do que palavras de ordem e bandeiras já vencidas pela história. Somos hoje um número considerável de estudantes interessados em realizações responsáveis e pragmáticas. Por isso participamos dos colegiados superiores, não aceitando que outros falem por nós com seu discurso medíocre e totalizante, como se fossem a quintessência de nossos anseios e vontades.

Mas... "nós quem, cara pálida"!? Nós que cremos que a liberdade de expressão é inegociável. Nós que cremos que divergir é um direito a ser exercido. Nós que acreditamos que o diálogo e o debate devem ocorrer a toda hora e em todo espaço, mas que o processo decisório, a negociação formal, a apresentação e consecução de demandas têm lugar, data e método. Nós que acreditamos que a balbúrdia e a violência são inaceitáveis dentro de uma sociedade democrática. Nós que acreditamos que o mérito e o esforço individual devem ser os principais objetos de avaliação dentro do espaço acadêmico. 

Nós que rechaçamos tergiversações a respeito de classes, raças ou quaisquer minorias inventadas com o fim claro e inequívoco de obter ganhos eleitorais. Nós que cremos que a Universidade deve ser um espaço de politização, que deve afugentar a alienação e a infantilização dos seus membros, mas que isto não se confunde com picadeiro de partidos e sindicatos. Nós que cremos que o indivíduo é o foco central de nossa sociedade.  

Nossas igualdades residem em nossos direitos. O direito de pensar como quisermos, de estudar como quisermos e de orientar nossos esforços e nossa formação como quisermos. Não podemos e não  aceitamos a visão totalizante de um movimento estudantil retrógrado que crê que se deve pensar como eles ou que se deve silenciar, por isso temos atuado nos Conselhos Superiores da Universidade de Brasília desde 2009.

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